Colonos ilegais israelenses montaram tendas em terras agrárias palestinas na aldeia de Khirbet Umm Al-Jimal, no Vale do Jordão, norte da Cisjordânia ocupada, na manhã de segunda-feira (12).
Segundo Mahdi Daraghmeh, chefe do conselho da comunidade de al-Maleh, um grupo de colonos, acompanhado de um rebanho, invadiu a aldeia e ergueu tendas próximas a criações dos residentes palestinos de Umm al-Jimal.
De acordo com a agência de notícias Wafa, a área permanece sob cerco de soldados de Israel desde domingo (11), sob pretexto de operações de busca a um suposto suspeito de um ataque a tiro no Vale do Jordão, que resultou na morte de um colono.
Tropas da ocupação também intensificaram o controle sobre os checkpoints de Tayasir e Hamra, no Vale do Jordão, ao restringir ainda mais fluxo e o tráfego de palestinos em suas terras ancestrais.
Colonos intensificaram ataques à região há meses, incluindo expropriação e atentados incendiários contra terras produtivas. Conforme as Nações Unidas, a violência colonial atingiu níveis sem precedentes.
Soldados escoltam os agressores, ao permitir total impunidade.
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Todos os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada e seus colonos são ilegais sob o direito internacional, conforme reconhecido em julho pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, em decisão histórica.
Mesmo apoiadores internacionais de Israel, consideram os colonos e sua radicalização como um impeditivo da chamada solução de dois Estados.
Estima-se 800 mil colonos radicados em 164 assentamentos e 116 postos avançados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Pogroms contra aldeias e cidades palestinas, conduzidos por colonos ilegais, tornaram-se particularmente comuns no contexto do genocídio em Gaza, com 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Na Cisjordânia, são 620 mortos, incluindo 144 menores, 5.400 feridos e 9.890 detidos dentro de dez meses. A maioria dos presos permanece em custódia sem julgamento ou sequer acusação — reféns por definição.
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