Ao menos 115 bebês palestinos com menos de oito meses de idade foram mortos por Israel desde outubro, confirmou Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, nesta terça-feira (13), em comunicado oficial.
Al-Qudra notou que a morte de Aysel e Asser, gêmeos de apenas quatro dias de idade, por um ataque israelense a seu apartamento, junto da mãe e da avó, enquanto seu pai buscava a certidão de nascimento de ambos, leva a 48 o número de bebês com menos de um mês mortos pela brutal campanha israelense.
Os gêmeos haviam nascido no sábado, 10 de agosto.
Segundo as estimativas, são ainda 47 vítimas fatais entre um e três meses de idade; 15 entre quatro e seis meses; e cinco entre seis e oito meses. Do total, as ações de Israel mataram 53 meninos e 62 meninas de zero a oito meses de idade.
A ocupação israelense mantém ataques a casas, hospitais, escolas e outras estruturas civis em todo o enclave, além da obstrução de ajuda humanitária, incluindo alimentos, água, remédios e combustível.
Ao promover seu cerco militar absoluto, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, descreveu os cidadãos de Gaza como “animais humanos”.
Ainda em outubro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou a conclamar uma “guerra santa contra as crianças das trevas”.
Em dez meses, a ofensiva israelense deixou ao menos 39.965 mortos e 92.264 feridos, além de dois milhões de desabrigados e dez mil desaparecidos, provavelmente mortos sob os escombros.
Israel age em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança para negociar um cessar-fogo e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, para desescalada e fluxo humanitário contínuo.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
LEIA: Israel ainda não disse uma única verdade, não apenas desde 7 de outubro, mas desde a Nakba de 1948