A Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou nesta quinta-feira (15) que o número de mortos na Faixa de Gaza é “uma aproximação”, com provável “subnotificação”.
O alerta ocorre após os índices oficiais de baixas em Gaza pela ofensiva de Israel, desde outubro, superarem 40.005 mortos e 92.401 feridos, conforme os dados verificados pelo Ministério da Saúde do enclave sitiado.
Neste contexto, Volker Turk, alto-comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, expressou apreensão, ecoado pelo secretário-geral António Guterres, de acordo com o porta-voz Farhan Haq.
“Dado o número enorme e perturbador de pessoas ainda desaparecidas — que podem estar presas ou mortas debaixo dos escombros —, as estimativas podem ser, na melhor das hipóteses, uma subnotificação”, comentou Haq.
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Conforme a Secretaria-Geral, a marca de 40 mil “provavelmente foi superada semanas ou meses atrás. “Do ponto de vista de nosso gabinete, esta é mais uma razão pela qual precisamos de um cessar-fogo”, reiterou o porta-voz.
Na quinta-feira (15), Turk condenou a violência em Gaza, ao notar uma média de 130 mortes diárias sob os ataques de Israel desde 7 de outubro.
“Em média, cento e trinta pessoas foram mortas todos os dias em Gaza nos últimos dez meses. A escala de destruição, conduzida pelo exército israelense, sobre casas, escolas, hospitais e lugares de culto é profundamente chocante”, comentou Turk.
Israel age em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas por cessar-fogo, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, para desescalada e fluxo humanitário.
O Estado israelense é também réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana, deferida em 26 de janeiro.