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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Baixas em Gaza superam 40 mil mortos, ONU alerta para ‘subnotificação’

Criança ferida caminha entre os escombros deixados por ataques israelenses ao campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza sitiada, 14 de agosto de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

A Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou nesta quinta-feira (15) que o número de mortos na Faixa de Gaza é “uma aproximação”, com provável “subnotificação”.

O alerta ocorre após os índices oficiais de baixas em Gaza pela ofensiva de Israel, desde outubro, superarem 40.005 mortos e 92.401 feridos, conforme os dados verificados pelo Ministério da Saúde do enclave sitiado.

Neste contexto, Volker Turk, alto-comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, expressou apreensão, ecoado pelo secretário-geral António Guterres, de acordo com o porta-voz Farhan Haq.

“Dado o número enorme e perturbador de pessoas ainda desaparecidas — que podem estar presas ou mortas debaixo dos escombros —, as estimativas podem ser, na melhor das hipóteses, uma subnotificação”, comentou Haq.

LEIA: A violência sádica de Israel na guerra contra Gaza

Conforme a Secretaria-Geral, a marca de 40 mil “provavelmente foi superada semanas ou meses atrás. “Do ponto de vista de nosso gabinete, esta é mais uma razão pela qual precisamos de um cessar-fogo”, reiterou o porta-voz.

Na quinta-feira (15), Turk condenou a violência em Gaza, ao notar uma média de 130  mortes diárias sob os ataques de Israel desde 7 de outubro.

“Em média, cento e trinta pessoas foram mortas todos os dias em Gaza nos últimos dez meses. A escala de destruição, conduzida pelo exército israelense, sobre casas, escolas, hospitais e lugares de culto é profundamente chocante”, comentou Turk.

Israel age em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas por cessar-fogo, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, para desescalada e fluxo humanitário.

O Estado israelense é também réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana, deferida em 26 de janeiro.

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