Abdul Salam Haniyeh, filho mais velho do falecido chefe político do movimento Hamas, Ismail Haniyeh, revelou novas informações sobre o assassinato de seu pai na cidade de Teerã, capital do Irã, em 31 de julho.
Em conversa com a emissora Al Arabiya, Abdul Salam disse que seu pai foi assassinado por um ataque a míssil.
“Foi um míssil teleguiado que rastreou seu celular, que ele colocou perto de sua cabeça em seu quarto, antes de dormir, onde foi diretamente atingido”, relatou o filho.
Abdul Salam negou, contudo, rumores de uma bomba plantada por agentes infiltrados: “Havia guardas e assessores sentados em uma sala a poucos metros do quarto de meu pai, o que significa que, caso fosse um explosivo, todo o lugar teria ido pelos ares”.
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O primogênito de Haniyeh reafirmou que o telefone o tornou um alvo. “Meu pai estava em Teerã para uma cerimônia oficial e naturalmente carregava seu celular, de maneira que a operação não foi tão complicada”.
Seu pai costumava usar o telefone durante o dia. “De fato, usou o telefone às 22h15 na noite em que foi assassinado”, declarou Abdul Salam.
Haniyeh foi morto junto com um segurança, horas depois de atender à posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.
Israel mantem silêncio sobre o atentado, mas indícios e declarações de diversas partes atribuem responsabilidade ao Estado ocupante.
A Guarda Revolucionária do Irã, unidade de elite do exército nacional, reportou que um projétil de curto alcance, com cerca de sete quilos de explosivos, foi disparado contra o quarto de Haniyeh de fora do edifício.
Haniyeh era figura chave nas negociações por um cessar-fogo em Gaza, onde o Estado israelense mantém uma campanha militar há dez meses, com ao menos 40 mil mortos e 90 mil feridos, denunciada como genocídio.
O Irã prometeu retaliar. Há receios de propagação da guerra.
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