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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Filho de Haniyeh revela novas informações sobre assassinato do pai

Abdul Salam Haniyeh (centro), filho de Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, no velório do pai na cidade de Teerã, capital do Irã, em 1º de agosto de 2024 [Supremo Líder do Irã/Gabinete de Imprensa/Agência Anadolu]
Abdul Salam Haniyeh (centro), filho de Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, no velório do pai na cidade de Teerã, capital do Irã, em 1º de agosto de 2024 [Supremo Líder do Irã/Gabinete de Imprensa/Agência Anadolu]

Abdul Salam Haniyeh, filho mais velho do falecido chefe político do movimento Hamas, Ismail Haniyeh, revelou novas informações sobre o assassinato de seu pai na cidade de Teerã, capital do Irã, em 31 de julho.

Em conversa com a emissora Al Arabiya, Abdul Salam disse que seu pai foi assassinado por um ataque a míssil.

“Foi um míssil teleguiado que rastreou seu celular, que ele colocou perto de sua cabeça em seu quarto, antes de dormir, onde foi diretamente atingido”, relatou o filho.

Abdul Salam negou, contudo, rumores de uma bomba plantada por agentes infiltrados: “Havia guardas e assessores sentados em uma sala a poucos metros do quarto de meu pai, o que significa que, caso fosse um explosivo, todo o lugar teria ido pelos ares”.

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O primogênito de Haniyeh reafirmou que o telefone o tornou um alvo. “Meu pai estava em Teerã para uma cerimônia oficial e naturalmente carregava seu celular, de maneira que a operação não foi tão complicada”.

Seu pai costumava usar o telefone durante o dia. “De fato, usou o telefone às 22h15 na noite em que foi assassinado”, declarou Abdul Salam.

Haniyeh foi morto junto com um segurança, horas depois de atender à posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.

Israel mantem silêncio sobre o atentado, mas indícios e declarações de diversas partes atribuem responsabilidade ao Estado ocupante.

A Guarda Revolucionária do Irã, unidade de elite do exército nacional, reportou que um projétil de curto alcance, com cerca de sete quilos de explosivos, foi disparado contra o quarto de Haniyeh de fora do edifício.

Haniyeh era figura chave nas negociações por um cessar-fogo em Gaza, onde o Estado israelense mantém uma campanha militar há dez meses, com ao menos 40 mil mortos e 90 mil feridos, denunciada como genocídio.

O Irã prometeu retaliar. Há receios de propagação da guerra.

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