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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Após período de suspensão, Colômbia bane exportação de carvão a Israel

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante visita de emissários do Conselho de Segurança das Nações Unidas a Bogotá, em 8 de fevereiro de 2024 [Juancho Torres/Agência Anadolu]

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, assinou um decreto para abolir, de maneira definitiva, a exportação de carvão a Israel, reportou a agência Bloomberg.

O decreto oficial — “pelo qual se estabelece a proibição de exportações de carvão para Israel” — foi assinado na última quarta-feira, 14 de agosto.

Segundo Petro, trata-se de um esforço “para pressionar o governo do premiê Benjamin Netanyahu a dar fim às hostilidades em Gaza”.

Petro expressou repúdio sobre o uso do carvão colombiano, pela ocupação israelense, para confeccionar bombas lançadas contra crianças palestinas.

Desde o começo da campanha de Israel em Gaza, o mandatário colombiano assumiu a vanguarda em denunciar o genocídio, ao reivindicar da comunidade internacional que agisse para dar fim às violações israelenses.

No fim de fevereiro, Petro anunciou a suspensão da compra de armamentos fabricados em Israel — um aspecto histórico das relações com a Colômbia —, após o “massacre da farinha”, no qual forças da ocupação mataram 118 palestinos em torno de um comboio alimentar no entroncamento viário de al-Nabulsi, no norte de Gaza.

O momento do assassinato em massa de mais de 100 famintos por Israel quando buscavam por comida em Gaza

Em 1° de maio — em ato que reuniu milhares de pessoas para o Dia dos Trabalhadores em Bogotá —, Petro anunciou a ruptura de relações diplomáticas com Israel, ao fechar a embaixada do Estado colonial na capital colombiana dois dias depois.

Desde então, ativistas exigem de Petro que corte todas as relações econômicas com o regime de apartheid.

LEIA: Gaza sofre o mesmo destino de Hiroshima, alerta Colômbia

Em junho, Petro suspendeu a exportação de carvão a Tel Aviv até a implementação das medidas cautelares por desescalada militar e fluxo humanitário contínuo determinadas pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia.

“Suspenderemos as exportações de carvão a Israel até que acabe o genocídio”, afirmou Petro em suas redes sociais na ocasião, ao anexar o decreto do Ministério do Comércio, Indústria e Turismo.

A Colômbia é a maior fornecedora de carvão de Israel, com vendas estimadas em cerca de US$450 milhões do insumo combustível em 2023, segundo dados do Departamento Administrativo Nacional de Estatísticas (Dane).

Entre janeiro e abril de 2024, a Colômbia exportou US$88 milhões em carvão a Israel — queda de 57% em comparação com o mesmo período de 2023.

A medida de Bogotá, em caráter definitivo, deve agravar o isolamento político e a crise socioeconômica no Estado israelense, que instaurou uma rigorosa economia de guerra, incluindo austeridade e cortes de subsídios à população.

Israel enfrenta crise interna, pressão de relações públicas e apelos por boicote.

Em Gaza, desde outubro, são ao menos 40 mil mortos e 92 mil feridos até então, além de dois milhões de desabrigados sob ataques indiscriminados de Israel contra escolas, hospitais, distritos residenciais e todo tipo de infraestrutura civil.

Israel é réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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