Ao menos 117 mil cidadãos sudaneses sofreram novo deslocamento à força devido às tempestades e inundações que assolam o Sudão desde junho, reportou a Organização Internacional para Migração (OIM), em comunicado emitido no sábado (17).
“De 1º de junho a 12 de agosto, chuvas e enchentes causaram deslocamentos súbitos em todo o Sudão”, confirmou a agência, ao estimar 117.835 indivíduos deslocados em 12 estados do país.
Segundo a nota, ao menos 32.611 edifícios foram danificados destruídos pelas chuvas.
Até quarta-feira (14), o Ministério da Saúde contabilizava 76 mortos.
No sábado, o ministro da pasta Haitham Ibrahim confirmou um surto de cólera no país, atribuído às condições ambientais e água contaminada.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), autoridades de saúde registraram ao menos 11.327 casos de cólera no Sudão — 316 fatais. Há ainda alertas para aumento nos casos de dengue e meningite em meio à crise.
O desastre ambiental se soma à guerra civil que toma o país desde abril de 2023, entre as Forças Armadas regulares e a coalizão paramilitar Forças de Suporte Rápido (FSR) — até então aliados no regime militar. Milhões foram deslocados.
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