Portuguese / English

Middle East Near You

Israel reduziu zona humanitária a apenas 11% de Gaza, alerta ONU

Palestinos sofrem novo deslocamento em Khan Younis, sob ameaças de Israel, no sul de Gaza, em 16 de agosto de 2024 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

A Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) confirmou que Israel reduziu as chamadas “zonas seguras” — de caráter supostamente humanitário — a somente 11% do território de Gaza, gerando pânico entre os cidadãos sucessivamente deslocados pela guerra.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em nota emitida no sábado (17), informou a UNRWA: “Milhares de famílias continuam a ser deslocadas em Gaza, à medida que as autoridades israelenses disseminam novas ordens de evacuação. As chamadas ‘zonas humanitárias’ encolheram a apenas 11% do enclave, causando caos e medo entre os deslocados”.

A agência reiterou seu apelo a um cessar-fogo imediato.

Entre sexta-feira e sábado, o exército da ocupação israelense voltou a ordenar aos civis palestinos que evacuem imediatamente às áreas sul e central de Gaza, sob ameaças de novos bombardeios.

LEIA: A violência sádica de Israel na guerra contra Gaza

Louise Wateridge, oficial de comunicação da UNRWA, comentou na plataforma de rede social X (Twitter): “Mais uma ordem de evacuação — milhares de famílias acabaram de chegar na área, após outra ordem para que deslocassem de Khan Younis”.

“Através das janelas destroçadas, nada senão casas e vidas destruídas. Pessoas presas em um pesadelo sem fim”, acrescentou.

Na terça-feira (13), a UNRWA confirmou que 84% do território sofreu sucessivas ordens de evacuação desde 7 de outubro, quando Israel deflagrou seu genocídio.

Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e medidas cautelares por desescalada e socorro humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia.

As ações israelenses em Gaza deixaram ao menos 40.100 mortos, 92.500 feridos e dois milhões de desabrigados até então. O enclave está em ruínas, sob cerco absoluto: sem comida, água ou medicamentos.

Entre as fatalidades, 15 mil são crianças.

Escolas, hospitais, abrigos e rotas de fuga não foram poupados.

Israel é também réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em 26 de janeiro.

LEIA: ‘Cheiro de sangue’ enche hospital de Gaza após ataque israelense mortal, diz UNRWA

Categorias
IsraelNotíciaONUOrganizações InternacionaisOriente MédioPalestinaUNRWA
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments