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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel destruiu 80% de Gaza, estima ONU; perdas chegam a US$60 bi

Destruição deixada por ataques israelenses a Deir al-Balah, Gaza, em 14 de agosto de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Ao menos 80% dos edifícios na Faixa de Gaza foram destruídos pela ofensiva militar de Israel, reportou nesta segunda-feira (19) Abdallah al-Dardari, assessor do Secretariado-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em entrevista à rede Al Qahera News, al-Dardari reiterou que a devastação abarca uma série de estruturas construídas e financiadas pela ONU, como a usina de dessalinização de água em Khan Younis, cujas obras custaram US$55 milhões.

O economista sírio — também administrador assistente e diretor regional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) — advertiu que as perdas materiais chegam à escala de US$50 a US$60 bilhões.

Al-Dardari, contudo, notou que o número exato somente poderá ser estimado após um cessar-fogo, mediante uma perícia abrangente de engenharia in loco voltada a planejar os eventuais esforços de reconstrução.

Al-Dardari descreveu a crise em Gaza como “catástrofe sem precedentes”.

LEIA: Israel reduziu zona humanitária a apenas 11% de Gaza, alerta ONU

Além disso, advertiu o oficial da ONU: “Não podemos esperar o dia após a batalha para começar a prover serviços essenciais ao povo palestino”.

“Temos equipes em campo”, acrescentou. “Estamos prontos e presentes, para operar nos campos de saúde, educação, habitação, energia, água e saneamento”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro, deixando mais de 40 mil mortos e 90 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Hospitais, escolas e até mesmo abrigos aos deslocados, sob bandeira da ONU, não foram poupados.

Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares por fluxo humanitário contínuo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia de genocídio deferida em janeiro.

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