Ataques israelenses a Gaza mataram ao menos 207 funcionários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) desde 7 de outubro, de acordo com informações da agência de notícias Anadolu.
“207 membros das equipes da UNRWA foram mortos em Gaza desde o início da guerra — sobretudo a serviço”, reportou a agência na rede social X (Twitter).
A agência das Nações Unidas reiterou que as vítimas compreendem grupos diversos de trabalhadores.
“Eram engenheiros, professores e trabalhadores de saúde”, destacou a UNRWA. “Eram trabalhadores humanitários”.
No domingo (18), a Agência de Defesa Civil em Gaza confirmou também a morte de 82 de seus funcionários voluntários, além de 720 feridos. Segundo o alerta, as instalações e veículos da agência são cotidianamente alvejados.
“Israel busca obstruir deliberadamente os esforços humanitários voltados a salvar vidas e proteger civis”, enfatizou a agência.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro, deixando mais de 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Cerca de dez mil pessoas estão ainda desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.
Hospitais, escolas, distritos residenciais, rotas de fuga e mesmo abrigos aos refugiados, sob bandeira da ONU, não foram poupados.
Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares por fluxo humanitário contínuo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia de genocídio deferida em janeiro.
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