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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Anistia pede investigações sobre violência antipalestina do Estado alemão

Polícia alemã ataca manifestantes pró-Palestina perto da estação de metrô de Moritzplatz, em Berlim, 17 de agosto de 2024 [Erbil Basay/Agência Anadolu]

A Anistia Internacional solicitou “investigações independentes” sobre as instituições da Alemanha após circularem online vídeos de policiais em Berlim agredindo ativistas pró-Palestina.

No domingo (18), o gabinete local da organização de direitos humanos declarou em sua página da rede social X (Twitter): “Estamos apreensivos com os vídeos e relatos de uso excessivo da força por policiais contra manifestantes em atos de solidariedade ao povo palestino. Exigimos investigações independentes sobre todos os envolvidos”.

Entre as vítimas da repressão de sábado (17), na capital alemã, havia menores.

Cenas de agentes da tropa de choque prendendo violentamente um rapaz, após jogá-lo no chão e espancá-lo, viralizaram nas redes sociais, assim como registros de um policial atacando uma mulher após ela virar as costas.

Ativistas na Alemanha mantém protestos por cessar-fogo em Gaza apesar da violência conduzidas pelo Estado. Manifestações reúnem não apenas árabes e palestinos, como membros da diáspora turca e da comunidade judaica no país.

Desde a deflagração do genocídio em Gaza, a Alemanha apelou a uma distorção de sua própria responsabilidade pelo Holocausto nazista para defender as violações de Israel, incluindo ao projetar práticas de antissemitismo aos palestinos, como ao expulsá-los de universidades ou negar sua cidadania, ao descrevê-los como “apátridas”.

Instituições na Alemanha tentam ainda proibir ou criminalizar o ativismo pró-Palestina, em detrimento de seus princípios declarados de democracia e liberdade de assembleia, expressão e manifestação.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro, deixando mais de 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Cerca de dez mil pessoas estão ainda desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.

LEIA: Parceiros no genocídio: Israel está massacrando os palestinos com as armas do Ocidente

Hospitais, escolas, distritos residenciais, rotas de fuga e mesmo abrigos aos refugiados, sob bandeira da ONU, não foram poupados.

Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares por fluxo humanitário contínuo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia de genocídio deferida em janeiro.

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