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‘Nazistas’: Judeus ultraortodoxos entram em confronto com a polícia de Israel

Judeus ultraortodoxos (haredim) protestam contra o alistamento militar obrigatório em frente à base de Tel HaShomer, em Tel Aviv, 6 de agosto de 2024 [Matan Golan/Agência Anadolu]

Multidões de judeus ultraortodoxos (haredim) voltaram a tomar as ruas de Israel nesta quarta-feira (21) para protestar contra o alistamento militar obrigatório, sob repressão policial perto de uma base de recrutamento em Jerusalém ocupada.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram manifestantes bloqueando uma rua perto da base militar, entrando em confronto com a polícia sob tentativas de dispersão.

Em um dos registros, um dos manifestantes chama os policiais de “nazistas”.

Em nota, a polícia de Israel declarou o protesto como “ilegal” e confirmou uso da força para desobstruir estradas e afastar os manifestantes do escritório militar.

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Segundo estimativas israelenses, apenas algumas dezenas de membros da comunidade haredim se apresentaram para alistamento, após Israel requerer a adesão de milhares em meio a tensões regionais no contexto do genocídio em Gaza.

O exército sofre falta de pessoal não apenas em suas operações na Faixa de Gaza, como em suas invasões a cidades e aldeias na Cisjordânia ocupada e troca de disparos com o grupo Hezbollah, na fronteira com o Líbano.

Em junho, a Suprema Corte de Israel revogou a isenção ao serviço militar dos membros da comunidade haredim e ordenou término da ajuda financeira a instituições religiosas cujos estudantes se neguem ao recrutamento.

Judeus haredim são 13% da população israelense — de um total de aproximadamente nove milhões de pessoas. Tradicionalmente, são isentos do serviço militar compulsório, dedicados, em seu lugar, aos estudos do Torá.

A lei israelense requer que todos os cidadãos acima de 18 anos sirvam o exército.

A isenção de judeus ultraortodoxos é motivo de disputas há décadas.

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