Na quarta-feira, o Centro Internacional de Justiça para os Palestinos (ICJP na sigla usual em inglês) solicitou ao Procurador Geral do Reino Unido que retirasse do Fundo Nacional Judaico (JNF) do Reino Unido seu status de instituição de caridade devido ao seu envolvimento no financiamento de operações militares israelenses e assentamentos ilegais, informa a Agência Anadolu.
“O Centro Internacional de Justiça para os Palestinos (ICJP) escreveu para o Gabinete do Procurador Geral, pedindo-lhe que use seus poderes para revogar o status de caridade do Fundo Nacional Judaico (JNF) do Reino Unido por seu papel no financiamento das forças armadas israelenses e no apoio aos assentamentos ilegais de Israel no território palestino ocupado (oPt)”, disse o ICJP.
O ICJP afirmou em uma declaração por escrito que a JNF UK tem usado seu status de instituição de caridade, que inclui benefícios fiscais como o Gift Aid, para financiar assentamentos israelenses ilegais e atividades militares nos Territórios Palestinos Ocupados, uma violação das leis de caridade do Reino Unido.
O JNF UK é afiliado ao Keren Kayemeth LeIsrael Jewish National Fund (JNF-KKL) de Israel, que esteve envolvido em confiscos de propriedades e no deslocamento de palestinos, observou a declaração.
O pedido de ação seguiu uma decisão recente no Canadá, onde o JNF Canada perdeu seu status de instituição de caridade por atividades semelhantes.
O ICJP exigiu que o Procurador Geral garantisse que as instituições de caridade do Reino Unido não estivessem envolvidas em práticas ilegais.
Anteriormente, reclamações feitas à Comissão de Caridade levantaram preocupações sobre a possibilidade de as doações do Reino Unido financiarem atividades ilegais.
A Comissão de Caridade respondeu com planos de ação, mas os detalhes não foram divulgados.
A diretora jurídica sênior do ICJP, Dania Abul Haj, insistiu que é hora de o governo britânico seguir o exemplo do Canadá e encerrar as operações da JNF UK sob seu status de instituição de caridade.
O grupo de defesa está agora aguardando a resposta do Procurador Geral, esperando uma ação decisiva para garantir que as instituições de caridade sigam os padrões legais e éticos.