A Organização Internacional para Migração (OIM) fez um apelo a países doadores para que angariem US$18.5 milhões em assistência aos serviços de saúde cedidos a pessoas afetadas pelo surto de varíola do macaco, ou mpox, no leste e sul da África.
A agência observou em nota divulgada nesta quarta-feira (21) que o vírus afeta a região há mais de uma década, mas que a rápida propagação de uma nova variante persuadiu a Organização Mundial de Saúde (OMS) a classificar a crise como “emergência de saúde pública de apreensão internacional”.
“Os US$18.5 milhões requeridos serão usados para melhorar a capacidade de resposta às demandas de imigrantes, deslocados internos e países anfitriões, ao apoiar medidas de controle e prevenção das infecções, sobretudo nas fronteiras”, explicou a nota.
Amy Pope, diretora-geral da OIM, expressou profunda preocupação pela disseminação da mpox no continente africano, incluindo o chamado Chifre da África.
Pope reiterou a vulnerabilidade em particular de migrantes, pessoas deslocadas à força e populações altamente nômades, comumente negligenciadas em crises globais.
“Temos de agir rapidamente para proteger aqueles em maior risco e mitigar o impacto deste surto em toda a região”, alertou Pope.
A mpox é uma variante da varíola transmitida por contato de pele, fluidos corporais ou compartilhamento de roupas, toalhas ou lençóis. Sintomas incluem erupções cutâneas, mal estar, febre, cefaleia, inchaço nos linfonodos, calafrios e dores musculares.
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