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Com foco em migração, premiê da Espanha visita África Ocidental

Refugiados africanos são resgatados pela ong espanhola Open Arms, em águas internacionais, em 30 de setembro de 2023 [José Colon/Agência Anadolu]

Pedro Sanchéz, primeiro-ministro da Espanha, visitou a Gâmbia nesta quarta-feira (28) como parte de uma viagem a nações da África Ocidental cujo intuito é firmar acordos para controlar a migração irregular via Ilhas Canárias.

Durante sua visita de três dias, Sanchéz assinou acordos para regularizar o processo, ao antever que cidadãos mauritanos e gambianos trabalhem provisoriamente na Espanha sob cargos sazonais específicos.

A iniciativa busca reduzir o recorde recente de migrações ilegais por vias marítimas.

Em Banjul, capital da Gâmbia, o premiê espanhol prometeu, porém, construir um novo relacionamento entre seu país e o continente africano.

LEIA: Imigrantes na Espanha: Como as fake news mantêm minorias marginalizadas

“A Espanha quer dar novo ímpeto a nossa relação com a África”, disse Sanchéz, após se reunir com o presidente gambiano, Adama Barrow.

Na terça-feira (27), Sanchéz esteve na Mauritânia e segue ao Senegal para encerrar sua viagem nesta quinta-feira.

Com Gâmbia e Mauritânia, o premiê espanhol assinou uma série de acordos bilaterais nos campos de segurança, comércio e turismo, para além da migração.

Mauritânia, Gâmbia e Senegal se tornaram recentemente pontos de partida a milhares de refugiados africanos rumo às Ilhas Canárias, território espanhol que serve de acesso ao continente europeu.

O fluxo migratório se soma à rota de refugiados pelo enclave de Melilla, cuja fronteira com o Marrocos é motivo de embates diplomáticos há anos.

Nesta semana, um vídeo viralizou nas redes sociais de um barco da Guarda Costeira da Espanha atropelando um bote de refugiados na região, situada na costa norte-africana. O incidente incitou apelos por investigações de Madrid.

Chegadas de refugiados na Espanha aumentaram em 66% na primeira metade de 2024. Chegadas da Mauritânia e outros países, via Ilhas Canárias, registraram quase o dobro de aumento, em até 126%.

Em torno de cinco mil imigrantes morreram no mar no mesmo período, para chegar ao arquipélago espanhol, reportou em junho a ong Caminando Fronteras.

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