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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Exército de Israel se retira de Tulkarem após 48 horas, deixa rastro de destruição

Estradas destruídas no campo de refugiados de Nour Shams, sob ofensiva israelense, na região de Tulkarem, na Cisjordânia, em 29 de agosto de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O exército de Israel deixou a cidade de Tulkarem e seus campos de refugiados, no norte da Cisjordânia ocupada, na noite desta quinta-feira (29), após uma operação militar de 48 horas seguidas. As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo testemunhas, as tropas deixaram para trás ao menos quatro mortos, dezenas de feridos e danos consideráveis à infraestrutura.

Tratores militares de Israel destruíram parte das principais estradas na região, além de danificarem redes de esgoto e tratamento de água, derrubarem postes de eletricidade, demolirem casas e vandalizarem veículos.

Após dois dias de cerco, equipes do Crescente Vermelho conseguiram enfim entrar no campo de refugiados de Nour Shams, um dos principais alvos dos avanços israelenses, com início na madrugada de quarta (28).

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Nour Shams vivenciou incursões de larga escala, demolição de residências, prisões em massa e interrogatórios de campo, incluindo relatos de tortura.

A mais recente campanha na Cisjordânia — com foco em Tulkarem, Tubas e Nablus, no norte — é a maior operação militar de Israel contra o território desde 2002. Estima-se ao menos 16 mortos em menos de 30 horas.

Tensões seguem altas na Cisjordânia ocupada, com uma escalada de invasões militares e pogroms conduzidos por colonos. São 670 mortos, 5.400 feridos e 10.300 detidos até então — em maioria, sem julgamento ou acusação; reféns por definição.

A campanha coincide com o genocídio israelense em Gaza, que deixou 40 mil mortos e 90 mil feridos até então, além de dois milhões de desabrigados.

Em 19 de julho, em decisão história, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, admitiu como “ilegal” a ocupação militar israelense na Cisjordânia, ao exigir a evacuação imediata dos assentamentos e retratação aos palestinos nativos.

Apesar da pressão internacional e mesmo apelos por sanções na União Europeia, ações israelenses desde então apontaram desacato.

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