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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel deixa 14 palestinos sem teto, ao forçá-los a demolir sua casa em Jerusalém

Família palestina Salaimeh, desabrigada por uma ordem de demolição das autoridades israelenses contra sua casa, no bairro de Silwan, em Jerusalém ocupada, em agosto de 2024 [MEMO/Reprodução]

Autoridades da ocupação israelense coagiram nesta quinta-feira (29), por meio da força e de decisões arbitrárias do judiciário colonial, a família do cidadão palestino Abdullah Salaimeh a demolir sua própria casa, no bairro de Wadi Qaddum, localizado em Silwan, em Jerusalém ocupada.

A mais recente violação do tipo na região visada de Jerusalém Oriental, contra cidadãos nativos, foi reportada pelo Centro de Informações da Palestina.

Salaimeh foi notificado do mandado arbitrário para demolir sua casa, onde vive com 14 membros da família desde 2010, em 18 de agosto, sob ameaça de pagar uma multa de 120 mil shekels (US$32 mil) caso as forças israelenses conduzissem a ação.

Autoridades israelenses costumam alegar que estruturas palestinas carecem de alvarás necessários de construção e reforma, de modo a justificar sua demolição e expulsão de famílias inteiras.

LEIA: Soldados israelenses tripudiam pedindo ‘desculpas’ a família palestina após destruir casa

Documentos, porém, são raramente emitidos pelo regime de apartheid aos residentes palestinos de Jerusalém ocupada, com o intuito de expulsá-los de suas terras ancestrais para dar lugar a colonos ilegais.

A totalidade de Jerusalém foi anexada por Israel em 1980, em medida rechaçada desde então pela comunidade internacional.

Violações israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia — incluindo pogroms de colonos a cidades e aldeias palestinos — se intensificaram nos últimos dez meses, no contexto do genocídio em Gaza, com 40 mil mortos e 90 mil feridos até então.

Israel age em desacato do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, seja ao manter seus ataques a Gaza ou a se negar a retirar suas tropas e colonos das terras ocupadas, em decisões paralelas emitidas em janeiro e julho, respectivamente.

LEIA: “Meus temores se tornaram realidade, Israel demoliu minha casa como havia feito em 2014”

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