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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Parte do plano para usurpar terras’, diz Hamas sobre ataques na Cisjordânia

Destruição deixada por invasão israelense ao campo de refugiados de Nour Shams, próximo à cidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em 29 de agosto de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]
Destruição deixada por invasão israelense ao campo de refugiados de Nour Shams, próximo à cidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em 29 de agosto de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O movimento palestino Hamas condenou nesta sexta-feira (30) os avanços israelenses em curso na Cisjordânia ocupada, ao descrevê-los como parte de uma estratégia maior para usurpar terras palestinas ao expulsar seus residentes.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A campanha militar israelense se concentra no momento em Jenin, após ser lançada na quarta-feira (28) em três localidades distintas: Tubas, Tulkarem e Nablus.

Trata-se da maior ofensiva de Israel contra a região desde 2002.

Conforme o comunicado do Hamas, os ataques na Cisjordânia são uma extensão direta dos crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza — onde o genocídio, desde outubro, deixou 40 mil mortos e 90 mil feridos até então.

Segundo o grupo nacional palestino, tais avanços armados são parte de um plano para “expropriar mais terras da Cisjordânia e expulsar seus habitantes”.

O Hamas, no entanto, argumentou que as operações israelenses falharam, após recuo em Tubas e Tulkarem, de maneira que “o resultado inevitável da agressão em curso em Jenin será o mesmo”.

Até a tarde desta sexta, ao menos 19 palestinos haviam sido mortos em 72 horas.

Na noite de quinta-feira (29), o exército da ocupação israelense se retirou de Tulkarem, ao encerrar um dia inteiro de ataques intensivos. Pouco antes, tropas coloniais haviam também deixado o campo de refugiados de al-Far’a, em Tubas.

Tensões permanecem altas na Cisjordânia ocupada, com escalada de invasões militares e pogroms a aldeias e cidades paralelamente às violações em Gaza.

Ao menos 673 palestinos foram mortos por Israel na Cisjordânia nos últimos 11 meses, além de 5.400 feridos e 10.300 prisioneiros políticos — em uma campanha que dobrou a população carcerária palestina.

Em 19 de julho, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, julgou ilegal a ocupação israelense de décadas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao ordenar evacuação das tropas e colonos e reparação aos nativos.

LEIA: Pausa para vacinação contra pólio em Gaza ‘não basta’, prevê OMS

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Palestina: quatro mil anos de história
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