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Na volta às aulas, estudantes de Columbia retomam protestos pró-Palestina

Manifestações pró-Palestina na Universidade de Columbia, em Nova York, EUA, em 29 de abril de 2024 [Fatih Aktas/Agência Anadolu]

Estudantes da Universidade de Columbia, em Nova York, retomaram suas manifestações em solidariedade à Palestina nesta terça-feira (3), primeiro dia do novo semestre.

Alunos acampados exigem que a universidade rompa relações com Israel em resposta às violações em Gaza, como forma de mobilizar apoio a um cessar-fogo.

Protestos antiguerra, com início em Columbia, em meados de abril, se espalharam pelos Estados Unidos e outros países, incluindo Reino Unido, França, Austrália e Brasil — com acampamentos e eventos na Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em Columbia, a reitoria mobilizou a polícia para reprimir violentamente os ativistas.

Na rede social X (Twitter), o coletivo Columbia Students for Justice in Palestine reiterou as acusações de que a universidade continua envolvida “em genocídio”.

“Nos recusamos a viver em um mundo onde o assassinato em massa do povo palestino é algo normal, aceitável e lucrativo”, declarou a agremiação. “A Universidade de Columbia é cúmplice de genocídio. Seus investimentos em fabricantes de armas e firmas militares — como a Lockheed Martin — alimentam o genocídio”.

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Em postagem subsequente, o grupo prometeu ampliar os protestos.

“À medida que damos início a um novo semestre, colegas de Gaza não têm universidades para onde voltar”, destacou o coletivo. “Não descansaremos até que Columbia desinvista do apartheid e genocídio. Este é apenas o começo”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro, deixando 40.800 mortos e 94.300 feridos, além de dois milhões de desabrigados.

Os bombardeios israelenses destruíram todas as universidades do enclave, além de sítios arqueológicos, bibliotecas e arquivos, em uma campanha denunciada como memoricídio e escolasticídio.

LEIA: Além dos contratos militares: quais são os acordos do Brasil com Israel na educação?

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro, e age em desacato de medidas cautelares por desescalada e fluxo humanitário, além de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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