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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel, ‘potência ocupante’, deve garantir acesso humanitário, reitera ONU

Palestinos buscam assistência humanitária em centro de distribuição no campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza, em 26 de agosto de 2024 [Mahmoud Issa/Agência Anadolu]

A Organização das Nações Unidas (ONU) destacou nesta quinta-feira (5) que Israel, como “potência ocupante em Gaza”, deve assegurar que instituições humanitárias realizem seu trabalho, segundo informações da agência de notícias Anadolu.

Em coletiva de imprensa, Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, reiterou o papel crítico de suas agências, incluindo a Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), como “medula espinhal, coração, pulmões e braços” dos esforços humanitários em Gaza.

Ao ressaltar a responsabilidade de Israel, como “potência ocupante”, de garantir o acesso humanitário, apontou Dujarric: “Mantemos contato constante com agências israelenses, sobretudo a Cogat [Coordenação de Atividades do Governo nos Territórios] sobre formas de melhorar nosso sistema”.

A Cogat é um órgão filiado ao exército ocupante, de natureza colonial, incumbido de gerir as demandas humanitárias nos territórios palestinos ocupados.

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Segundo Dujarric, “a situação humanitária em Gaza permanece para além da catástrofe”, com queda de 35% no consumo de refeições quentes em agosto, comparado a julho, com apenas 700 mil refeições distribuídas em 200 cozinhas, a 2.4 milhões de pessoas.

“[A crise] se atribui em parte às sucessivas ordens de evacuação das forças israelenses, com ao menos 70 cozinhas forçadas a suspender seus trabalhos e se realocar”, observou Dujarric, ao estimar cerca de um milhão de pessoas que não conseguiram receber sequer um pacote alimentar no mês de agosto.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 40 mil mortos, 94 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Hospitais, escolas, abrigos, centros de distribuição e infraestrutura civil, de maneira geral, não foram poupados, em meio a uma catástrofe de fome que matou dezenas de crianças até então.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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