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18 mil aguardam no campo de al-Hol, na Síria, para voltar ao Iraque

Campo de al-Hol, que abriga familiares de suspeitos do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), na província de al-Hasakah, no nordeste da Síria, em 28 de julho de 2024 [Delil Souleiman/AFP via Getty Images]

Ao menos 18 mil cidadãos iraquianos aguardam repatriação a partir do campo de al-Hol, administrado pelas Forças Democráticas da Síria (FDS), grupo de oposição ao regime de Bashar al-Assad, no norte do país assolado pela guerra.

Al-Hol abriga familiares de supostos membros da organização terrorista Estado Islâmico (Daesh), muitos dos quais cidadãos binacionais, incluindo europeus, cujo devido retorno é motivo de contenda há anos.

Os iraquianos, em particular, aguardam a realização de um programa de retorno gradual prometido pelas autoridades em Bagdá. Agências de segurança e assistência humanitária na província de Nínive, no norte do Iraque, aguardam sua chegada.

Sua repatriação de al-Hol ocorre de maneira intermitente, porém, devido a checagens de segurança conduzidas pelas forças iraquianas.

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Após atravessarem a fronteira, os retornantes são enviados ao campo de al-Jadaa, ao sul de Mosul, onde passam por cursos de reabilitação psicológica, social e educacional para então voltarem áreas tomadas pelo Daesh em 2014.

De acordo com Ali Abbas, porta-voz do Ministério de Migração e Deslocamento do Iraque, um novo grupo de 150 a 160 famílias de al-Hol chegará ao país em breve.

Abbas disse a jornalistas no sábado (8) que este será o 17º grupo a retornar ao país, como parte do programa em curso previsto para durar dois anos.

A maioria dos retornantes são mulheres e crianças.

Al-Hol abriga em torno de 40 mil pessoas, além de dezenas de milhares no campo de Roj, em situação similar, também sob gestão da oposição síria.

De acordo com Mohammed al-Hadidi, ex-deputado provincial de Nínive, em contato com a rede Al-Araby Al-Jadeed que o governo do primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani mantém o programa de retorno como parte de ações “para reduzir o perigo”, ao retirar as famílias de “um ambiente condutivo ao extremismo, prejudicial às crianças”

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