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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Anistia Brasil denuncia celebração israelense da destruição de lares em Gaza

Mesquita destruída por ataques israelenses na Cidade de Gaza, em 8 de setembro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

A organização de direitos humanos Anistia Internacional, por meio de sua representação no Brasil, denunciou neste domingo (8), em suas redes sociais, a destruição de estruturas civis na Faixa de Gaza sitiada pela ofensiva israelense que se aproxima de um ano.

Com postagem intitulada “Destruição de lares comemorada”, a Anistia compilou vídeos publicados por soldados israelenses, nos quais “festejam a redução de áreas residenciais inteiras da Faixa de Gaza a escombros.

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A representação no Brasil reiterou uma investigação produzida por peritos da Anistia, em âmbito global, que revelou uso de escavadeiras e explosivos, pelo exército israelense para destruir terras agrícolas — “necessárias para alimentação” — e edifícios civis, incluindo residências, escolas e mesquitas.

 

“A demolição em massa foi documentada por imagens de satélite e vídeos [publicados] nas redes sociais dos próprios militares [israelenses]”, destacou a Anistia.

“A Anistia ressalta que essa campanha de terra arrasada pode caracterizar destruição gratuita e sistemática, que deve ser investigada como crime de guerra”, explicou o alerta. “À luz das evidências de que houve demolição de casas e outras propriedades para punir civis por ataques de grupos armados, a conduta também deve ser investigada como outro crime de guerra — o de punição coletiva”.

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A Anistia Brasil concluiu seu alerta ao pedir a assinatura a uma petição pelo cessar-fogo imediato em Gaza, disponível em seu website.

Em sua petição, a Anistia pede “fim aos ataques ilegais de todas as partes, ao interromper a escalada nas mortes e permitir às agências humanitárias que levem ajuda vital, água e material médico a Gaza [para que] hospitais recebam insumos de que desesperadamente precisam”.

Segundo a organização, “um cessar-fogo seria ainda uma oportunidade para negociar a libertação de reféns detidos em Gaza e para a realização de investigações internacionais independentes sobre os crimes de guerra cometidos por todas as partes, a fim de acabar com a impunidade e evitar novas atrocidades”.

Enfrentar as causas profundas deste conflito, por meio do desmantelamento do sistema de apartheid de Israel imposto aos palestinos, é mais urgente do que nunca.

Na Faixa de Gaza, são 40 mil mortos e 94 mil feridos em pouco menos de um ano, além de dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, 16.400 são crianças. Os bombardeios indiscriminados de Israel não pouparam hospitais, abrigos e mesmo rotas de fuga.

No Brasil, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva reconhece o genocídio, ao declarar apoio ao processo sul-africano contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, deferido em 26 de janeiro.

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Vídeos de soldados e líderes israelenses foram apresentados na corte como prova para o dolo genocida, ao desumanizarem os 2.4 milhões de palestinos de Gaza.

Apesar de pressões internas e uma contenda acalorada com o regime em Tel Aviv, que o declarou persona non grata, Lula e seu governo, entretanto, ainda postergam a ruptura de relações militares, comerciais e diplomáticas com o Estado colonial de apartheid.

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