Tratores da ocupação israelense demoliram 45 residências rurais na região de al-Taybeh, a noroeste da cidade de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.
Ayman Nimer Hassan Shalaldeh, residente, reportou que, após ser impedido de acessar a área por uma semana, sob sítio das forças israelenses, descobriu que 47 casas, abrigos e estufas foram destruídas.
Shalaldeh relatou que, entre as estruturas demolidas, havia seu sobrado de uso agrícola, cujo piso térreo abrigava uma caixa d’água e uma estrutura de tratamento, além de quarto e cômodos associados no piso superior.
Segundo Zain Abbad, no Twitter (X), “a destruição realizada por turbas de colonos adveio da exploração direta do cerco das forças da ocupação israelense contra a área, ao privar camponeses de entrar desde a última semana”.
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Shalaldeh destacou que todas as estruturas demolidas tinham registro legal na Prefeitura de Tarqumiya, conectadas a luz e esgoto.
Entre aqueles cujas casas foram destruídas, estão os residentes Ziyad Jaafar Al-Ja’afra, Adnan Ezzat Al-Shallalfa, Nimer Hassan Al-Hayeh, Hassan Ahmed Al-Ja’afra, Abu Al-Fahd Taninah, Omar Abdul Rahman Ughreib, Abdul Jawad Ughreib, Adel Salman Ughreib, Mahmoud Mohammed Ibrahim, Bassam Abdul Rahman Ughreib, Ahmed Abdul Rahman Ughreib, Majdi Mohammed Hussein Ughreib, Ziyad Ahmed Al-Thabaynah, Jalal Abdul Aziz Ughreib e Aqel Al-Ja’afra.
Israel intensificou violações na Cisjordânia no contexto do genocídio em Gaza.
Nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém, agressões israelenses deixaram ao menos 692 mortos e 5.700 feridos, além de dez mil palestinos presos arbitrariamente, em menos de um ano, desde outubro de 2023.
Em 19 de julho, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, determinou a ilegalidade das décadas de ocupação israelense em terras palestinas, ao pedir evacuação imediata e reparação aos nativos.
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