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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

ONU alerta sobre a interferência de oficiais de Israel na investigação de violência sexual contra detentos palestinos

Pramila Patten, Representante Especial da ONU para Violência Sexual em Conflitos, em 30 de outubro de 2019 [EuropaNewswire/Gado/Getty Images]

A Representante Especial da ONU para Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten, expressou na segunda-feira sua preocupação com as tentativas de atores políticos israelenses de interferir nas investigações sobre denúncias de violência sexual contra detentos palestinos, informa a Agência Anadolu.

“Estou particularmente preocupada com as recentes tentativas de alguns agentes políticos israelenses de interferir nos processos judiciais em andamento e/ou de justificar o uso desses métodos. A violência sexual e a tortura sexualizada em ambientes de detenção nunca devem ser normalizadas”, disse Patten em uma declaração após o aumento de relatos de violência sexual contra prisioneiros palestinos.

Ela alertou que “a impunidade encoraja os perpetradores, silencia as vítimas e prejudica as perspectivas de paz”, e pediu responsabilidade e justiça para os crimes.

Citando o relatório recentemente publicado pela ONU, Patten disse: “A violência sexual e a tortura sexualizada, de qualquer forma e em qualquer contexto, e particularmente em ambientes de detenção, são inaceitáveis”.

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“Esses atos abomináveis não apenas constituem uma grave violação dos direitos humanos e da dignidade humana, mas também prejudicam os esforços em prol da paz e da estabilidade na região”, acrescentou.

Enfatizando a necessidade de apoio imediato às vítimas, incluindo assistência médica e psicológica, a autoridade da ONU expressou preocupação com o baixo número de investigações em comparação com o volume de reclamações recebidas.

A guerra contínua de Israel na Faixa de Gaza já matou cerca de 41.100 palestinos, a maioria mulheres e crianças, e feriu cerca de 94.800 outros, de acordo com as autoridades de saúde locais.

Um bloqueio contínuo do enclave levou a uma grave escassez de alimentos, água potável e medicamentos, deixando grande parte da região em ruínas.

Israel enfrenta acusações de genocídio por suas ações em Gaza na Corte Internacional de Justiça.

ASSISTA: Rabino israelense abençoa soldado denunciado por estuprar palestinos de Gaza

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