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A África do Sul diz que mantém caso de genocídio contra Israel e que apresentará mais evidências no próximo mês

Uma sessão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia, Holanda, em 24 de maio de 2024 [Nikos Oikonomou/Anadolu Agency]

O caso de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) continuará e a África do Sul apresentará um memorial no próximo mês, disse a presidência em um comunicado na terça-feira, informa a Agência Anadolu.

“A África do Sul pretende fornecer fatos e evidências para provar que Israel está cometendo o crime de genocídio na Palestina”, disse o comunicado.

“Esse caso continuará até que a corte tome uma decisão. Enquanto o caso estiver em andamento, esperamos que Israel cumpra as ordens provisórias da Corte emitidas até o momento.”

As observações foram feitas em meio a relatos de que diplomatas israelenses estão sendo instruídos a fazer lobby junto a membros do Congresso dos EUA para pressionar a África do Sul a desistir do caso.

A África do Sul disse que seu caso de genocídio contra Israel representa um esforço global crescente para garantir a paz no Oriente Médio.

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Vários países, acrescentou, como Turquia, Nicarágua, Palestina, Espanha, México, Líbia e Colômbia, juntaram-se ao caso, que começou a ter audiências públicas em janeiro.

A África do Sul entrou com o processo no tribunal sediado em Haia no final de 2023, acusando Israel, que bombardeia Gaza desde outubro do ano passado, de não cumprir seus compromissos com a Convenção sobre Genocídio de 1948.

Em maio, a Suprema Corte ordenou que Israel interrompesse sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Essa foi a terceira vez que o painel de 15 juízes emitiu ordens preliminares buscando controlar o número de mortos e aliviar o sofrimento humanitário no enclave bloqueado, onde o número de vítimas já ultrapassou 40.000.

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