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A África do Sul diz que mantém caso de genocídio contra Israel e que apresentará mais evidências no próximo mês

11 de setembro de 2024, às 12h47

Uma sessão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia, Holanda, em 24 de maio de 2024 [Nikos Oikonomou/Anadolu Agency]

O caso de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) continuará e a África do Sul apresentará um memorial no próximo mês, disse a presidência em um comunicado na terça-feira, informa a Agência Anadolu.

“A África do Sul pretende fornecer fatos e evidências para provar que Israel está cometendo o crime de genocídio na Palestina”, disse o comunicado.

“Esse caso continuará até que a corte tome uma decisão. Enquanto o caso estiver em andamento, esperamos que Israel cumpra as ordens provisórias da Corte emitidas até o momento.”

As observações foram feitas em meio a relatos de que diplomatas israelenses estão sendo instruídos a fazer lobby junto a membros do Congresso dos EUA para pressionar a África do Sul a desistir do caso.

A África do Sul disse que seu caso de genocídio contra Israel representa um esforço global crescente para garantir a paz no Oriente Médio.

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Vários países, acrescentou, como Turquia, Nicarágua, Palestina, Espanha, México, Líbia e Colômbia, juntaram-se ao caso, que começou a ter audiências públicas em janeiro.

A África do Sul entrou com o processo no tribunal sediado em Haia no final de 2023, acusando Israel, que bombardeia Gaza desde outubro do ano passado, de não cumprir seus compromissos com a Convenção sobre Genocídio de 1948.

Em maio, a Suprema Corte ordenou que Israel interrompesse sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Essa foi a terceira vez que o painel de 15 juízes emitiu ordens preliminares buscando controlar o número de mortos e aliviar o sofrimento humanitário no enclave bloqueado, onde o número de vítimas já ultrapassou 40.000.

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