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Estudo da OMS revela impactos graves e duradouros nos feridos de guerra em Gaza

Wafaa Hamad, uma menina que perdeu todos os membros de sua família no ataque do exército israelense à sua casa, luta para sobreviver no Hospital Kemal Adwan na Cidade de Gaza. Wafaa, que perdeu a perna direita e a visão no ataque israelense, sofreu queimaduras e ferimentos no rosto e na maior parte do corpo, está sendo tratada com instalações limitadas. [Khalil Ramzi Alkhalut/Agência Anadolu]

Em levantamento divulgado nesta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, relatou os impactos de longo prazo dos ferimentos causados pela guerra em Gaza. A agência estima que pelo 22,5 mil do total de feridos no enclave até 23 de julho tenham lesões que terão impactos duradouros.

Esses casos exigirão serviços de reabilitação de imediato e nos próximos anos. Com base em dados coletados por equipes médicas de emergência, a análise concluiu que lesões graves nos membros, estimadas entre 13,4 mil e 17,5 mil, são a principal causa da necessidade de reabilitação.

Amputações, lesões cerebrais e queimaduras

Muitos dos feridos apresentam mais de uma lesão. Segundo o relatório, também ocorreram entre 3.105 e 4.050 amputações de membros.

O estudo menciona ainda um alto número de lesões na medula espinhal, lesões cerebrais traumáticas e queimaduras graves, que afetam inclusive milhares de mulheres e crianças.

O representante da OMS nos Territórios Palestinos Ocupados, Richard Peeperkorn,  disse que “o enorme aumento nas necessidades de reabilitação ocorre paralelamente à destruição contínua do sistema de saúde”.

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Atualmente, apenas 17 dos 36 hospitais permanecem parcialmente funcionais em Gaza. Os cuidados de saúde primários e os serviços a nível comunitário são frequentemente suspensos ou tornados inacessíveis devido à insegurança, ataques e repetidas ordens de evacuação.

Publicado originalmente em ONU News

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