“Até agora, a gente só tinha acessado as informações da Palestina pelas redes sociais, através de vídeos que nos chegam e, mesmo sabendo dos horrores que estão acontecendo na Faixa de Gaza, com o extermínio de crianças e mulheres, eu não tinha vivenciado essa experiência ali, com os meus próprios olhos”, disse a primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, em um vídeo publicado na volta da viagem.
Ela observa o trabalho que a sheika vem fazendo e o quanto as crianças precisam de acolhida e esperança. Ela diz que, além da Palestina, a sheika Moza tem um trabalho de acolhimento as famílias de países da região árabe em conflito… Iêmen, Sudão“E ver aquelas crianças resilientes, tentando criar uma nova vida, um novo lugar no mundo para elas, que é o que é o Catar tem feito, de acolhimento, foi, óbvio, triste porque elas são vítimas daquela violência daquele genocídio horrível que tá acontecendo na Faixa de Gaza, mas também foi um sopro de esperança ver aquele menino sem braços, tentando construir letras em árabe com os pés”.
A reflexão de Janja conecta a situação catastrófica de Gaza como emblemática de uma humanidade que destroi seu próprio futuro, na guerra ou na destruição ambiental, a exemplo das queimadas criminosas no Brasil. É preciso repensar a humanidade e o mundo a ser deixado para as crianças, afirmou a primeira-dama em seu post.
“Se você for pensar nas crianças palestinas, elas não têm o futuro. Elas têm aquele momento. E a gente precisa pensar nisso, pensar nelas e pensar em todas as crianças do mundo. Que mundo é esse que a gente vai deixar? A gente tá vivendo um momento horrível no Brasil de queimadas, né? E que mundo é esse que a gente tá deixando, que a gente tá mostrando e tá deixando para as nossas crianças e jovens?”
Ao falar das “meninas traumatizadas pela guerra” e tudo que elas passaram e estão , passando, ela propõe: “a gente precisa repensar um pouco a nossa humanidade, a gente precisa realmente parar e pensar que mundo que a gente vai deixar.”
No vídeo, ela mostra um bordado e uma manta que ganhou de presente no Catar e assegurou: “ A gente continua aqui, usando a nossa voz para falar ‘chega’. Parem de matar nossas mulheres, parem de matar nossas crianças”.
No movimento de solidariedade à Palestina o vídeo de Janja foi bem recebido, mas com cobranças ao governo brasileiro: é preciso romper de fato as relações com o genocídio em Gaza, mantidas através de contratos com Israel.
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