Os especialistas retomarão, esta semana, uma operação arriscada para resgatar o petroleiro “Sounion”, que foi atacado pelos Houthis do Iêmen no Mar Vermelho no mês passado e ainda contém cerca de um milhão de barris de petróleo bruto, disseram fontes marítimas na quinta-feira, conforme relata a Reuters.
O reboque do navio registrado na Grécia — que foi atingido, perdeu energia e pegou fogo em 21 de agosto — foi interrompido após ser considerado inseguro pelas empresas inicialmente envolvidas no projeto.
As autoridades disseram que a operação de reboque será particularmente delicada, dada a carga total e uma série de outros fatores.
Qualquer vazamento pode ser o maior de um navio na história registrada e pode causar uma catástrofe ambiental em uma área particularmente perigosa para entrar.
Os houthis — que dizem estar agindo em solidariedade aos palestinos envolvidos na guerra Israel-Gaza — também detonaram cargas no petroleiro após o ataque, causando mais incêndios, e não está claro se algum explosivo ainda está ativo.
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Pelo menos dois rebocadores de propriedade de uma empresa de salvamento sediada na Grécia já estão na área e cuidarão do reboque, disse uma das fontes.
“Há um plano de ação em andamento e há progresso”, acrescentou outra fonte. “A operação de reboque deve começar nos próximos dois dias.”
A tripulação do navio foi evacuada. A Grécia também entrou em contato com a potência regional, Arábia Saudita, para pedir assistência.
Os houthis disseram que permitiriam que as equipes de salvamento rebocassem o navio para um local seguro.
A missão naval da UE no Mar Vermelho, Aspides, protegerá os navios envolvidos no reboque e monitorará toda a operação, reiterou um funcionário da Aspides na quinta-feira.
Uma fragata francesa e uma fragata grega participando do Aspides já estavam na área, disse uma das fontes.
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