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Quase 60% dos estudantes muçulmanos de Nova York sofrem bullying na escola, diz estudo

Apoiadores da Palestina realizam um protesto do lado de fora das cerimônias de formatura dos alunos da Hunter College no Barclays Center do Brooklyn, na cidade de Nova York, em 4 de junho de 2024. [Foto de Spencer Platt/Getty Images]
Apoiadores da Palestina realizam um protesto do lado de fora das cerimônias de formatura dos alunos da Hunter College no Barclays Center do Brooklyn, na cidade de Nova York, em 4 de junho de 2024. [Foto de Spencer Platt/Getty Images]

Um estudo recente realizado na sexta-feira revelou que quase 60% dos estudantes muçulmanos em Nova York sofreram bullying na escola por parte de seus colegas, especialmente após a investida de Israel na Faixa de Gaza, informa a Agência Anadolu.

A pesquisa “Feeling The Hate In Our Schools” (Sentindo o ódio em nossas escolas) foi realizada pelo Council on American-Islamic Relations (CAIR) em Nova York e revelou que “58,2% relataram ter sofrido bullying na escola por outro aluno por serem muçulmanos”.

“Quase a metade (44,7%) das estudantes que usam hijab relatou que seu hijab foi puxado ou tocado de forma ofensiva por outro estudante raramente, às vezes, com frequência ou com muita frequência”, dizem os resultados.

A pesquisa também revelou que “64% dos alunos testemunharam um aluno muçulmano na escola sendo intimidado por outro aluno” e quase 65% dos alunos viram “sua escola fazer comentários ou postagens ofensivas sobre o Islã ou os muçulmanos on-line”.

De acordo com a pesquisa, muitos alunos (43,6%) não acharam necessário denunciar, acreditando que isso não faria diferença. A pesquisa observou que “74,6% dos alunos disseram que não relataram a um adulto de sua escola que sofreram bullying de outro aluno por serem muçulmanos”.

O relatório do CAIR também incluiu uma nota especial sobre a Palestina, destacando um aumento no “sentimento antimuçulmano, antiárabe e antipalestino dentro da estrutura da cidade de Nova York” quando o conflito em Gaza se intensificou em outubro de 2023.

“Somente em 2023, o CAIR-NY recebeu 555 solicitações de assistência jurídica, com 43% diretamente ligadas à solidariedade palestina, destacando a urgência dessa questão”, acrescentou.

Afirmou ainda que 32% dos alunos relataram silenciamento na escola por expressar opiniões sobre a Palestina, enquanto 13% enfrentaram atenção indesejada da equipe, 11% das autoridades, 10% sofreram assédio on-line ou doxing e 9,5% relataram isolamento social.

O relatório baseou-se em uma pesquisa com 500 estudantes muçulmanos, 91,7% dos quais frequentam escolas públicas, 4,6% frequentam escolas independentes e 3,8% frequentam escolas particulares não islâmicas.

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