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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Candidata do Partido Verde ganha terreno entre muçulmanos dos EUA

Jill Stein, candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Verde, durante protesto contra a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao Capitólio, em Washington DC, em 24 de julho de 2024 [Graeme Sloan/Bloomberg via Getty Images]

Jill Stein, candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Verde, está ganhando terreno entre eleitores muçulmanos em ao menos três estados críticos, Michigan, Arizona e Wisconsin, segundo pesquisa do Conselho de Relações Islâmico-Americanas (CAIR).

Stein vence a atual vice-presidente e candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, nos três swing states — estados cuja disputa se realiza em aberto, sem preferência definitiva entre republicanos e democratas.

Em Wisconsin, Stein vence com 44% dos votos; em Michigan, 40%; e no Arizona, 35%.

O surto de popularidade parece estar vinculado às críticas eloquentes de Stein à ajuda de seu país ao genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza, com 41 mil mortos e 95 mil feridos em pouco menos de um ano.

Durante o debate de terça-feira passada (11) entre Harris e o ex-presidente Donald Trump, seu adversário republicano, Stein foi às redes sociais para criticar e desmentir ambos em várias matérias.

Stein culpou a gestão de Joe Biden, eleito junto de Harris em 2020, por permitir que Israel, como Estado ocupante, cometesse crimes de guerra.

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“O respeito pelo estado de direito inclui a lei internacional”, reafirmou a presidenciável de terceira via, em postagem no Twitter (X). “Em vez disso, Biden e Harris têm financiado os crimes de guerra genocidas de Israel por quase um ano, além de interferir nas conversas de paz entre Rússia e Ucrânia”.

Em âmbito nacional, eleitores muçulmanos se dividem entre Harris e Stein, com 29.4% à primeira e 29.1% à candidata independente — isto é, empate técnico. Trump permanece atrás, com 11.2% dos votos, contra 16.5% de indecisos.

Trump insiste em sua promessa, de caráter supremacista, de restabelecer proibições de viagem a países maioria islâmica. Harris recentemente, no entanto, inclinou-se a políticas anti-imigração para abraçar um eleitorado ultranacionalista.

Apesar da insatisfação com as políticas de Biden sobre Gaza, muitos eleitores árabes ou muçulmanos se inclinaram a Harris após a mudança de candidato democrata, engajados no processo político, em parte por receios sobre Trump.

Roberto McCaw, diretor de assuntos do governo do CAIR, contudo, advertiu: “Candidatos que concorrem às eleições não podem se dar ao luxo de ignorar questões prioritárias dos muçulmanos americanos. Ignorar sua comunidade pode custar caro — em particular, em swing states como Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Arizona, Nevada e Wisconsin”.

A pesquisa destacou também o papel substancial que o eleitorado islâmico deve exercer em estados em aberto, com a plataforma antiguerra de Stein ressoando junto a jovens e à comunidade no país.

Harris, porém, mantém liderança na Geórgia e Pensilvânia, enquanto Trump vence por ora em Nevada, com 27% dos votos.

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