A grave escassez de combatentes nas forças de ocupação de Israel fez com que a Divisão de Infantaria da Reserva (96ª Divisão) formasse um novo batalhão de pessoal naval para prepará-los para operações terrestres, de acordo com relatórios da Israeli Public Broadcasting Corporation Kan 11.
A iniciativa significa que o pessoal da Marinha, que antes estava isento do serviço de reserva, terá que passar por um treinamento intensivo de infantaria para chegar a um nível que o prepare para operações terrestres, já que a guerra contra os palestinos em Gaza continua e há muitas ameaças de expansão da guerra no Líbano.
“Embora muitos dos combatentes da Marinha tenham passado por um treinamento especial de combate”, disse o relatório, ‘eles receberão um novo treinamento que inclui combate urbano e o uso de armas de infantaria’.
O vice-chefe do Estado-Maior, Amir Baram, aprovou essa medida “excepcional”, que será implementada sob a supervisão do Comando das Forças Terrestres. O relatório afirmou que o exército de ocupação israelense começou recentemente a compilar uma lista daqueles que se juntarão ao novo batalhão. “Seu treinamento está programado para começar em cerca de dois meses”.
O exército israelense vem sofrendo com a falta de soldados há meses, devido à guerra em curso na Faixa de Gaza, às operações intensivas na Cisjordânia ocupada e aos confrontos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano. Em julho, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, revelou que o exército precisa urgentemente de mais 10.000 soldados, em meio a relatos de um “aumento significativo” no número de oficiais que solicitaram aposentadoria antecipada do serviço militar. Gallant disse ao Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset que 4.800 soldados podem ser recrutados entre os membros da comunidade ultraortodoxa haredim, que normalmente são isentos do serviço militar.
Como resultado da escassez, o governo israelense aprovou uma lei em junho para estender o período do serviço de reserva aumentando a idade de isenção. De acordo com a proposta, os reservistas não oficiais servirão até a idade de 41 anos, em vez de 40, enquanto os oficiais servirão até 46 anos, em vez de 45.