Os militares de Israel finalmente reconheceram seu papel direto na morte de três reféns israelenses na Faixa de Gaza no ano passado, admitindo que ocultaram as informações do público.
Em dezembro do ano passado, as forças israelenses anunciaram que haviam recuperado os corpos de três reféns levados pelo grupo de resistência palestina, Hamas, em 7 de outubro, durante sua operação no território controlado por Israel. De acordo com relatos da época, os corpos foram encontrados em um túnel em Gaza, e muitos suspeitaram que Israel os tivesse matado – supostamente por engano – em um ataque aéreo.
Nove meses após o início de uma investigação do exército israelense sobre suas mortes, de acordo com o Canal 12 de Israel, o exército reconheceu que “muito provavelmente” foi responsável pela morte dos três reféns, mas insistiu que não sabia da presença deles “perto de um oficial sênior do Hamas que era o alvo”.
As famílias dos três israelenses teriam sido informadas da morte deles pelo ataque aéreo. Isso aconteceu depois que os militares israelenses ocultaram deliberadamente os detalhes de suas mortes para o público, tendo sido “decidido não divulgar essas informações” depois que uma investigação “revelou que os reféns foram mortos em um ataque do exército israelense”.
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O reconhecimento de seu papel na morte dos três reféns e nos amplos esforços para encobrir esse fato é a mais recente revelação de que o governo israelense
O reconhecimento de seu papel na morte dos três reféns e nos amplos esforços para encobrir esse fato é a mais recente revelação do envolvimento das forças de ocupação em tal conduta, com detalhes sobre a morte, mutilação, silenciamento e marginalização de cidadãos e reféns israelenses pelo exército israelense que surgiram repetidamente nos últimos onze meses da ofensiva contínua de Israel na Faixa de Gaza.
Essas últimas revelações também colocam em dúvida as alegações de Israel sobre a morte de reféns israelenses pelo Hamas durante todo o conflito, sendo que muitos consideram as afirmações de Israel como uma forma de atribuir a culpa de suas mortes ao grupo e diminuir qualquer possibilidade de um acordo de cessar-fogo com ele.
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