Os serviços de segurança da Arábia Saudita detiveram mais de 22 mil pessoas neste mês de setembro, em uma série de operações, invasões e inspeções nacionais realizadas sob o pretexto de reprimir violações de residência, migração e trabalho.
O Ministério do Interior saudita confirmou, na última semana, que 22.373 pessoas foram presas, em sete dias de operações intensivas por todo o país.
Diversas agências participaram das ações de 5 a 11 de setembro.
Os detidos foram acusados de diversas violações, incluindo 14.216 violações das normas de residência; 4.943 violações da Lei de Segurança de Fronteira; e 3.214 violações da Leis do Trabalho.
Outros 1.507 indivíduos foram presos por tentar atravessar a fronteira, segundo os relatos oficiais, a maioria deles cidadãos etíopes (53%) e iemenitas (46%).
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Sete indivíduos foram apreendidos por envolvimento no transporte, abrigo e emprego dos suspeitos capturados.
O Ministério do Interior alertou que todos que auxiliem atividades de imigração irregular deve sofrer penalidades, com até 15 anos de prisão ou um milhão de riyals em multas, ou US$260 mil, além de apreensão de veículos e propriedades.
Segundo estatísticas oficiais, como resultado da campanha, 15.536 imigrantes aguardam agora processos legais; 6.395 foram submetidos a suas respectivas missões diplomáticas para obter documentos de viagem; 13.475 foram deportados; e 2.030 estão completando suas reservas de viagem.
Operações policiais sauditas incitam temores, dado o histórico repressivo de violação de direitos humanos por parte do reino, incluindo deportações e prisões arbitrárias.
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