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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Brasil condena explosões de pagers, atribuídas a Israel, no Líbano

Pessoas comparecem à cerimônia fúnebre realizada para Fatima Abdullah, que morreu em uma explosão de pager, no distrito de Saraain Al Faouqa, em Beqaa, Líbano em 18 de setembro de 2024 [Suleiman Amhaz/Agência Anadolu]

O governo brasileiro condenou nesta terça-feira (17) a série de explosões coordenadas e simultâneas de centenas de aparelhos eletrônicos de comunicação, ou pagers, em várias regiões do território libanês.

Os atentados, atribuídos a Israel, deixaram ao menos 37 mortos, incluindo duas crianças, e 3.250 de feridos, dentre os quais, ao menos 300 em estado crítico, segundo atualização do ministro da Saúde libanês, Firas al-Abiad, nesta quinta-feira (19).

Até o momento, não há registro de brasileiros dentre as vítimas, segundo informações da embaixada em Beirute.

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) reiterou ainda o caráter imperativo do pleno respeito à soberania e à integridade territorial dos países.

Segundo a chancelaria: “Tais atos conduzem a escalada significativa de tensões na região e exacerbam o risco de alastramento do conflito”.

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“Demonstram, também, que, lamentavelmente, têm sido inócuos os múltiplos apelos da comunidade internacional para que atores envolvidos no Oriente Médio exerçam máxima contenção”, acrescentou.

O ministério defendeu ainda o “estrito cumprimento” da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que determinou o cessar-fogo entre Israel o grupo libanês Hezbollah, deferida em agosto de 2006.

O Itamaraty enfatizou ainda que sua missão “está empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade brasileira na delicada situação securitária no Líbano”.

Israel mantém troca de disparos com o Hezbollah na região de fronteira desde outubro de 2023, quando deflagrou seu genocídio em Gaza, com 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.

O exército israelense conduziu neste ano, em ocasiões distintas, ofensivas às cidades de Beirute e Teerã, capital libanesa e iraniana respectivamente, além de disparos contra Síria e Iêmen, incitando temores de propagação da guerra a uma escala regional.

A questão é particularmente crucial ao Brasil por sua ampla comunidade libanesa — com até dez milhões de cidadãos e descendentes —, que excede a população no próprio país (5.5 milhões) e mantém laços familiares em suas terras ancestrais.

Analistas alertam para riscos de que as violações israelenses em Gaza se repitam contra as comunidades civis em território libanês, em caso de invasão por terra.

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