O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve realizar um encontro extraordinário na tarde de sexta-feira (20) para debater os atentados atribuídos a Israel no Líbano, nos quais aparelhos de comunicação móvel, ou pagers, explodiram no bolso de seus usuários.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Tel Aviv não assumiu responsabilidade pelos ataques terroristas até então, mas o governo em Beirute e o grupo Hezbollah culparam a agência de espionagem Mossad.
A Eslovênia, presidente do Conselho de Segurança para o mês de setembro, confirmou na quarta-feira (18) que o pedido da Argélia para uma sessão de emergência foi aceito.
O encontro de urgência será realizado na sexta às 15h00 de Nova York.
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Nesta quarta, uma onda de novas detonações de aparelhos sem fio somou nove mortos e 300 feridos a 21 mortos e três mil feridos nos dias anteriores, segundo estimativas oficiais do Ministério da Saúde libanês.
Hadi Hachem, embaixador do Líbano nas Nações Unidas, descreveu a onda de explosões como “clara agressão que chega ao ponto de crime de guerra”, ao advertir que tais ações devem exacerbar os conflitos que tomam a região.
Israel mantém troca de disparos com o Hezbollah na região de fronteira desde outubro de 2023, quando deflagrou seu genocídio em Gaza, com 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
Israel desacata medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, por desescalada e fluxo humanitário em Gaza, além de uma resolução do Conselho de Segurança por cessar-fogo.
O exército israelense já havia executado ataques a Beirute e Teerã, fomentado apreensões de propagação da guerra a uma escala regional. Israel mantém disparos também a Síria e Iêmen, em violação da integridade territorial dos países em questão.
Israel é réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
Há receios de que o exército ocupante repita suas violações em Gaza em solo libanês.
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