O Irã condenou neste sábado (21) o ataque aéreo do dia anterior ao sul de Beirute, capital do Líbano, que matou 37 pessoas, segundo dados atualizados, ao exortar a comunidade internacional a assumir “ações decisivas” para cessar a escalada israelense.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Em nota, Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, reafirmou que tais ataques claramente violam a lei internacional e a soberania libanesa.
“Não resta dúvida de que o regime [colonial] sionista busca escalar as tensões na região e expandir o escopo da guerra, contrário à maioria dos governos e nações que reivindicam o cessar-fogo imediato”, destacou Kanaani.
Segundo o porta-voz, as “políticas maliciosas” de Israel impõem evidente e grave ameaça à paz e segurança internacional.
Neste sentido, a chancelaria iraniana instou a comunidade internacional, seus governos e instituições, a tomar “medidas decisivas” que parem a “máquina de morte” de Israel, que mantém violações na Palestina, no Líbano e na Síria.
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Segundo o ministro da Saúde do Líbano, Firas al-Abiad, dentre as mortes desta sexta-feira (20), estão ao menos três crianças de quatro, seis e dez anos de idade, e três cidadãos da Síria.
O exército israelense reivindicou o ataque, ao alegar assassinar Ibrahim Aqil, comandante militar do influente grupo Hezbollah, além de oficiais da unidade de elite conhecida como Força Radwan. O movimento libanês confirmou a morte.
Tensões entre Israel e Hezbollah escalaram nos últimos dias após atentados terroristas — atribuídos ao Mossad — atingirem o Líbano, com a explosão de aparelhos como pagers e walkie-talkies, além do bombardeio a Beirute. Estima-se dezenas de mortos e milhares de feridos até então — muitos em estado grave.
Israel e Hezbollah trocam disparos na fronteira desde outubro passado, quando o exército israelense deflagrou seu genocídio em Gaza, deixando 41.400 mortos e 95.500 feridos em pouco menos de um ano, além de dois milhões de desabrigados.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
Israel mantém ataques não apenas contra a Palestina e o Líbano, mas zonas de influência do Irã, como Síria e Iêmen, ao sugerir dolo de disseminar a guerra a toda região. Analistas apontam que somente um cessar-fogo em Gaza pode impedir a deflagração.
Há receios ainda de que as violações israelenses em Gaza se repitam no Líbano, em meio a uma eventual invasão por terra.