Soldados israelenses demoliram, na manhã desta segunda-feira (23), todas as estruturas e tendas da aldeia palestina beduína de al-Araqeeb, na região árida do Negev, ou Naqab, pela 230ª vez, a fim de deslocar à força seus residentes nativos.
A violação foi reportada pelo Centro de Informações da Palestina.
Conforme fontes locais, policiais israelenses e oficiais da Autoridade para Assentamento dos Beduínos no Negev — responsável pelas demolições — invadiu a aldeia para destruir casas e tendas.
Dezenas de beduínos, sobretudo crianças, voltaram a ficar sem teto, expostos às chuvas de outono.
A última vez que a aldeia foi destruída foi em 29 de agosto.
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A primeira vez que a aldeia foi destruída foi em julho de 2010. Desde então, toda as vezes, seus residentes reconstroem suas tendas e casebres, em desafio aos arbítrios coloniais. Em algumas ocasiões, diversas demolições ocorrem em menos de um mês.
Situada no Negev, a aldeia é uma das 51 aldeias árabe-palestinas “não-reconhecidas” na região, constantemente alvejada por planos para substituir os nativos por colonos judeus, a fim de consolidar a supremacia judaica nos territórios ocupados.
Beduínos no Negev são submetidos às mesmas leis e impostos que cidadãos judeus do território designado Israel — ocupado durante a Nakba, ou catástrofe, em 1948, mediante limpeza étnica. Entretanto, não desfrutam dos mesmos direitos e serviços, sob apartheid da água e de outras amenidades vitais.
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