Israel mata mais de 550 no Líbano e desloca milhares

7 meses ago

Pelo menos 558 libaneses foram mortos pelos ataques aéreos israelenses massivos feitos ontem sobre cidades residenciais no sul e leste do Líbano.

O bombardeiro impiedoso deixou mais de 50 crianças mortas, além de socorristas, segundo informação do ministro da saúde do Líbano.

Cerca de 2 mil pessoas ficaram feridas, em ataques que Israel alega serem desferidos contra alvos do Hezbollah.  Dezenas de milhares foram forçados a fugir para o norte em meio aos disparos de bombas que não pouparam vilarejos e estradas.

A ordem de fuga foi dada por mensagens e ligações em massa a telefones e celulares. O ministro da informação do Líbano, Ziad Makary, descreveu as ordens como “uma guerra psicológica”.

Civis fogem em pânico dos ataques israelenses ao sul do Líbano

Um dos comandantes visados, Ali Karaki, chefe do Comando Sul, supostamente continua vivo e, segundo o Hezbollah, está em “um lugar seguro”.

Os ataques do Hezbollah contra Israel continuaram, com disparo de foguetes ao norte, contra  alvos militares e assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.

Avichay Adraee, porta-voz de Israel para a mídia de língua árabe, postou um vídeo animado no X alegando que os libaneses sabem que há armas do Hezbollah em suas casas. A alegação foi feita sem nenhuma evidência e foi acompanhada por mais avisos para fugir.

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Conforme registrou o Middle East Eye, na tarde de ontem, as estradas que saem do sul estavam lotadas de famílias tentando se mudar para o norte para uma segurança aparente. A mídia local relatou cenas caóticas na cidade de Saida, onde as estradas foram bloqueadas enquanto os moradores corriam para sair.

O Ministério do Interior do Líbano disse que abriu escolas em Beirute, Trípoli e partes leste e sul do país como abrigos em meio a “deslocamento pesado”.

O temor até esta madrugada, de ambos os lados,  era de uma entrada por terra, onde as forças libaneses tem maior capacidade de combate.

Em Nova York, onde acompanha o presidente Lula para a reunião a ONU, o ex-chanceler Celso Amorim disse a ação israelense no Líbano é “revoltante” e que o Itamaraty deve se pronunciar.

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