Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Líbano não pode se tornar segunda Gaza, alerta diplomata-chefe da Europa

Danos causados por ataques israelenses à região de Nabatiyeh, na fronteira do Líbano, em 24 de setembro de 2024 [Stringer/Agência Anadolu]

Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, reiterou nesta quarta-feira (25), a colegas em Nova York, que uma ordem global embasada em normas e direitos é crucial para alcançar prosperidade e paz para todos.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Borrell fez seus comentários durante um encontro de ministros de Relações Exteriores do G20 sobre uma eventual reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), em ocasião paralela aos discursos de chefes de Estado e governo da 79ª Assembleia Geral.

Borrell questionou a seus pares como países podem se dizer comprometidos com a Carta das Nações Unidas quando, no Oriente Médio, diversas resoluções da instituição mundial permanecem ignoradas.

O diplomata europeu citou a recusa de Israel em cumprir resoluções da ONU e ordens do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia.

“No Oriente Médio, em particular, é indispensável para alcançar um cessar-fogo que alivie a catástrofe humanitária em Gaza e interrompa a escalada de violência na região”, alertou Borrell em seu pronunciamento.

LEIA: Lula discursa em NY, cita Palestina, critica fraqueza da ONU e pede reforma do Conselho

“O Líbano não pode se tornar uma segunda Gaza”, acrescentou, em referência à escalada israelense da última semana no país levantino, com cerca de 600 mortos e ao menos dois mil feridos. “Gaza não pode se tornar uma segunda Cisjordânia [ocupada]. E esta segunda Cisjordânia não pode se tornar uma terceira Gaza”.

Os ataques israelenses ao Líbano sucedem um ano de genocídio em Gaza, com mais de 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.

Neste período, Tel Aviv manteve troca de disparos transfronteiriços com o influente grupo libanês Hezbollah, com o qual as tensões atingiram novo ápice após atentados terroristas — atribuídos ao Mossad — que explodiram pagers e walkie-talkies em áreas civis.

Por sua campanha em Gaza, Israel é réu por genocídio na corte em Haia, sob denúncia da África do Sul deferida em 26 de janeiro.

Analistas alertam para a intenção israelense de propagar a guerra em escala regional, sob riscos de repetir violações em solo libanês.

LEIA: Colômbia Petro chama Netanyahu de “criminoso” na Assembleia Geral da ONU

Categorias
Ásia & AméricasEstados UnidosG20IsraelNotíciaOrganizações InternacionaisOriente MédioPalestinaUnião Europeia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments