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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Mais de 13 mil deixam o Líbano e voltam à Síria, sob ameaças de Israel

Destruição deixada por ataques israelenses na fronteira sírio-libanesa, em 26 de setembro de 2024 [Sleiman Amhaz/Agência Anadolu]

Cerca de 13.500 sírios deixaram o Líbano para retornar a seu país, ainda em guerra civil, sob receios da escalada israelense contra o Estado anfitrião, após bombardeios se intensificarem na última semana, segundo informações da agência Anadolu.

Os números foram confirmados pelo ministro do Interior do Líbano, Bassam Mawlawi, em coletiva de imprensa realizada em Beirute.

O Líbano abriga em torno 1.8 milhão de refugiados sírios, incluindo 900 mil registrados no Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Segundo Mawlawi, cerca de 70 mil pessoas buscaram refúgio em 533 abrigos instalados no país, devido aos ataques israelenses em curso. “Há também abrigos na região do Bekaa, no leste libanês, designados para os cidadãos sírios”, observou.

Israel intensificou disparos ao Líbano desde a manhã de segunda-feira (23), com 640 mortos e 2.500 feridos em apenas três dias.

LEIA: A agressão sionista ao Líbano e algumas reflexões da comunidade no Brasil

Estados Unidos, União Europeia e aliados instaram Israel a aceitar uma proposta de cessar-fogo de 21 dias junto ao grupo Hezbollah, a fim de desenvolver esforços diplomáticos — no entanto, sem a anuência israelense.

Hezbollah e Israel trocam disparos transfronteiriços há quase um ano, no contexto do genocídio em Gaza, com 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Há receios de que as violações se repitam no Líbano.

Líderes globais advertem para uma nova crise em massa de refugiados caso se confirme uma invasão israelense por terra ao Líbano.

No sul do Líbano, ao menos 90 mil pessoas já deixaram suas casas, em fuga desesperada ao norte, alertou a Organização Internacional para a Migração (OIM).

Congestionamentos tomaram as rodovias.

A Síria tampouco é segura, em guerra civil desde 2011, deflagrada após o presidente Bashar al-Assad reprimir violentamente protestos populares por democracia.

Na semana passada, atentados terroristas atribuídos ao Mossad explodiram pagers e walkie-talkies nas ruas libanesas, reforçando apreensões de uma propagação da guerra a uma escala regional.

Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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