Israel espera pacote de US$8.7 bi dos EUA, afirma Ministério da Defesa

O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quinta-feira (26) que está prestes a receber um pacote de US$8.7 bilhões em ajuda militar dos Estados Unidos, à véspera de provável invasão ao Líbano e no contexto do genocídio em Gaza.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Israel mantém ataques intensos ao Líbano há quatro dias consecutivos, descritos como a maior onda de ataques israelenses ao país desde a guerra aberta de 2006.

“O diretor-geral do Ministério da Defesa, major-general Eyal Zamir, concluiu negociações em Washington para um pacote de ajuda americana no valor de US$8.7 bilhões, em apoio aos nossos esforços militares”, declarou a pasta israelense em nota.

“O pacote compreende US$3.5 bilhões para aquisições essenciais em tempos de guerra, já transferidos ao Ministério da Defesa, e US$5.2 bilhões aos sistemas de defesa aérea — dentre os quais o Domo de Ferro, o Estilingue de Davi e um sistema avançado de lasers”, acrescentou o comunicado.

A pasta notou que, sob o acordo, os fundos e equipamentos citados devem ser entregues em breve.

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Apesar de pesquisas mostrarem que mais da metade dos americanos crê que os pacotes militares a Israel devem ser restritos e condicionados, o governo democrata do presidente Joe Biden insiste em fornecer ajuda ao aliado em Tel Aviv.

Israel bombardeia o Líbano desde a manhã de segunda-feira (23), com 677 mortos e 2.500 feridos, conforme dados oficiais do Ministério da Saúde em Beirute.

As baixas se somam ao genocídio israelense na Faixa de Gaza sitiada, às vésperas de seu primeiro aniversário, com ao menos 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, 16.400 são crianças.

Desde então, Israel troca disparos com o grupo libanês Hezbollah além de bombardeios esporádicos ao Iêmen e à Síria, zonas de influência do Irã, sugerindo dolo em propagar a guerra a uma escala regional.

Analistas, incluindo de lideranças da comunidade internacional, advertem que somente um cessar-fogo em Gaza pode evitar uma maior deflagração.

As violações contra a população civil em Gaza levaram o Estado israelense ao banco dos réus do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em 26 de janeiro.

Países que mantêm remessas diretas a Israel — incluindo combustíveis, como no caso do petróleo brasileiro — podem ser implicados como cúmplices no processo, de acordo com a lei internacional.

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