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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Parlamento do Irã chama sessão sobre o Líbano, aiatolá convoca resistência

Parlamento do Irã, em Teerã [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

A Comissão de Segurança e Política Externa do Parlamento do Irã convocou neste sábado (28) uma sessão de emergência para discutir os recentes ataques de Israel na região, com enfoque no Líbano, logo após o assassinato do secretário-geral do grupo aliado Hezbollah em Beirute, por um ataque aéreo israelense contra áreas densamente povoadas.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Ebrahim Rezaei, porta-voz do comitê, destacou em comunicado que a sessão buscou se concentrar em “averiguar os recentes eventos na região, incluindo os crimes perpetrados pelo regime sionista na periferia sul de Beirute”.

“Os sionistas estão testemunhando seus dias derradeiros nos territórios ocupados; esses eventos marcam o início do fim deste regime criminoso”, insistiu o deputado.

Nasrallah foi morto por um bombardeio israelense na noite de sexta-feira (27), confirmado pelo Hezbollah na manhã seguinte.

O Irã declarou três dias de luto.

Neste sábado, o Supremo Líder iraniano, aiatolá Ali Khamenei, convocou muçulmanos “a permanecerem ao lado do Líbano e da resistência, com quaisquer meios a seu dispor, ao ajudá-los a confrontar este regime depravado [Israel]”

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Em obituário, Khamenei alegou que “o destino da região será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”.

Após o movimento libanês confirmar a morte, a imprensa iraniana reportou que o general Abbas Nilforoushan, comandante adjunto da Guarda Revolucionária, “pereceu ao lado de Nasrallah”, pelos ataques israelenses a Beirute.

Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores em Teerã, comentou no X (Twitter): “O glorioso caminho do líder da resistência, Hassan Nasrallah, continuará e seu objetivo sagrado será materializado com a libertação de al-Quds [Jerusalém]”.

Segundo fontes regionais, Khamenei foi transferido a uma localidade segura, sob medidas de segurança máxima. Conforme os relatos, o Irã está em contato com aliados regionais para avaliar os próximos passos após a morte de Nasrallah.

Israel intensificou ataques ao Líbano desde segunda-feira (23), com mais de 700 mortos e 2.500 feridos em menos de uma semana — maior letalidade desde a guerra de 2006 entre Israel e Hezbollah, que trocam disparos transfronteiriços desde outubro, no contexto do genocídio em Gaza.

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No enclave palestino, as ações israelenses deixaram 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados, em pouco menos de um ano, levando Tel Aviv ao banco dos réus do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia da África do Sul deferida em janeiro.

Os avanços israelenses ao norte ressoaram alarde entre a comunidade internacional, sob apreensões de propagação da guerra em escala regional, envolvendo um conflito inédito com o Irã.

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