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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ações de Israel impõem fome a 15 mil grávidas em Gaza, alerta ONU

Grávida palestina deslocada pelos ataques israelenses em um abrigo em Rafah, no sul de Gaza, em 29 de fevereiro de 2024 [AFP via Getty Images]
Grávida palestina deslocada pelos ataques israelenses em um abrigo em Rafah, no sul de Gaza, em 29 de fevereiro de 2024 [AFP via Getty Images]

Em torno de 15 mil mulheres grávidas estão “à margem da fome” na Faixa de Gaza sitiada, sob bombardeios de Israel, advertiu um novo relatório da ONU mulheres sobre a situação de saúde no enclave palestino.

Intitulado “A guerra contra a saúde das mulheres em Gaza”, o dossiê compila uma análise abrangente da crise sanitária imposta pelos ataques israelenses, incluindo seu impacto à saúde e ao bem-estar físico e mental de mulheres e meninas.

O relatório dá ênfase aos crescentes riscos enfrentados por mulheres de Gaza, incluindo doenças entre mulheres idosas, câncer, doenças infecciosas e desnutrição entre grávidas e lactantes, exacerbadas pelo colapso do sistema de saúde e pela falta de medicamentos devido à campanha de Israel.

Após quase um ano de genocídio, o sistema de saúde é praticamente inexistente, advertiu a agência das Nações Unidas: “Cerca de 84% dos prédios de saúde foram danificados ou destruídos; os remanescentes carecem de remédios essenciais, ambulâncias, cuidados básicos para salvar vidas e mesmo eletricidade e água”.

“Estima-se mais de 177 mil mulheres sob riscos de vida, dentre as quais 162 mil sob risco de desenvolver doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes, câncer, hipertensão e doenças cardiovasculares; além de 15 mil mulheres grávidas à margem da fome”, alertou a agência.

Israel mantém bombardeios indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro de 2023, além de um cerco absoluto — sem comida, água ou energia elétrica — e sucessivas incursões por terra contra instalações civis, sobretudo hospitais.

Em menos de um ano, são 41 mil mortos, 95 mil feridos e dois milhões de desabrigados. A grande maioria das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses constituem punição coletiva e genocídio, como posto pela denúncia da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, deferida em 26 de janeiro.

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