A Guarda Revolucionária do Irã reivindicou dezenas de disparos em direção a Israel, após o regime ocupante soar alarmes por todo o país, com mísseis balísticos caindo sobre Tel Aviv e outras cidades.
Segundo informações da agência de notícias iraniana Fars, a unidade de elite do exército do Irã atribuiu a ação em reação ao assassinato de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, junto de Abbas Nilforoshan, comandante da Guarda Revolucionária, na última sexta-feira (27), em Beirute, capital do Líbano.
O Irã recordou ainda a morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho, sob um bombardeio israelense a Teerã, onde o líder palestino estava para a posse do novo presidente Masoud Pezeshkian.
“Em resposta ao martírio de Haniyeh, Nasrallah e Nilforoshan — alvejamos o coração dos territórios ocupados”, confirmou a Guarda Revolucionária em nota.
A rádio militar israelense Kan estimou 200 mísseis balísticos disparados pelo Irã, em meio a sirenes e abalos em cidades e colonatos, sob supostas interceptações dos aparatos do sistema antimísseis Domo de Ferro.
A imprensa estatal iraniana reportou uma “bateria de mísseis contra a entidade sionista”.
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O exército da ocupação israelense apontou que os mísseis foram lançados a 12 minutos de distância de seus alvos.
A Casa Branca reforçou apoio a Israel, após o presidente americano Joe Biden reunir seus assessores ministros, incluindo a vice e candidata democrata, Kamala Harris. Em nota, os Estados Unidos confirmaram aumento da presença militar na região — porém, sem ações adicionais até então.
Washington negou, entretanto, que suas tropas na região tenham sido atacadas.
Jordânia e Israel interromperam todos os voos em seus aeroportos.
A missão iraniana das Nações Unidas sugeriu conclusão breve da operação, após mísseis serem vistos nos céus da Jordânia e Cisjordânia ocupada. No entanto, advertiu Israel para que evite uma tréplica, sob apreensões globais de propagação da guerra.
“Nossa resposta legal, racional e legítima aos atos terroristas de Israel, incluindo ataques a nossos cidadãos e interesses e em violação da soberania da República Islâmica, foram devidamente realizados”, disse a delegação em postagem nas redes sociais.
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Os avanços na guerra parecem concretizar a deflagração regional, após Israel invadir por terra o sul do Líbano na manhã desta terça-feira (1º), após uma quinzena de escalada e à véspera do primeiro aniversário do genocídio em Gaza.
Há meses, analistas apontam que apenas um cessar-fogo em Gaza poderia impedir uma guerra regional — contudo, sem anuência de Israel.