A jornalista Safaa Ahmad, que trabalhava como âncora da televisão estatal síria, perdeu a vida hoje (1/10) em um ataque aéreo israelense na capital Damasco. Ahmad é a primeira jornalista morta no país em 2024. A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) se junta à sua afiliada, a União dos Jornalistas Sírios (SJU) na condenação do assassinato hediondo e reitera que os perpetradores do conflito mais mortal para jornalistas devem ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional, pois o direito internacional exige que jornalistas sejam considerados civis e os combatentes são obrigados a garantir sua segurança.
A mídia estatal síria relatou três rodadas de ataques aéreos em Damasco e arredores da capital durante a noite de 1º de outubro. O assassinato da jornalista e âncora Safaa Ahmad foi relatado por seu empregador, a televisão estatal síria, devido a ataques aéreos israelenses.
A morte de Ahmad na Síria ocorre após o assassinato de dois jornalistas no sul do Líbano, Hadi Al-Sayed e Kamel Karaki, em 24 de setembro, e do assassinato do jornalista palestino Wafaa Aludaini em Gaza, em 30 de setembro, por bombardeios israelenses em apenas uma semana.
O Secretário Geral da FIJ Anthony Bellanger disse: “O chocante desrespeito de Israel pela vida humana, e pela comunidade jornalística em particular, não tem limites. Condenamos o assassinato da jornalista Safaa Ahmad e enviamos nossas mais profundas condolências aos seus entes queridos. Este terrível assassinato adiciona a Síria à lista de países, junto com a Palestina e o Líbano, nos quais Israel massacrou jornalistas desde 7 de outubro de 2023. O direito internacional exige que jornalistas sejam considerados civis e os combatentes são obrigados a garantir sua segurança. A FIJ reitera que os perpetradores de massacres contra jornalistas devem ser julgados por tribunais criminais internacionais.”
Fonte: FENAJ