O exército de Israel reconheceu nesta quarta-feira (20) que mísseis disparados pelo Irã na noite anterior, em resposta à escalada da ocupação na região, sobretudo ao Líbano, com avanços ao Hezbollah, atingiram suas bases aéreas.
Uma fonte militar israelense, em condição de anonimato, confirmou à agência de notícias Anadolu que “bases aéreas foram danificadas pelo ataque”.
O oficial se negou, todavia, a revelar a localidade das bases: “Se eu disser onde, o inimigo saberá o que atingiu”. A fonte também negou haver feridos.
Sobre a eventual tréplica israelense, após uma onda de ameaças de lideranças coloniais, insistiu a fonte: “Não respondemos, atacamos. O exército tem um plano e opera em Gaza e no norte conforme os planos. Eles sabem que podemos atacar o Irã quando quisermos, mas não vamos falar de nossas capacidades”.
A fonte, no entanto, não detalhou o suposto plano.
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Em nota, a Guarda Revolucionária do Irã observou que os ataques se deram em resposta aos assassinatos de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em 31 de julho, em Teerã — onde estava para a posse do presidente Masoud Pezeshkian — e Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, em Beirute, na última semana.
Junto de Nasrallah, morreu o comandante da guarda, Abbas Nilforoshan, também citado pelo comunicado posterior aos disparos.
Nesta quarta, a Guarda Revolucionária advertiu que, em caso de retaliação, Israel sofrerá “ataques esmagadores”.
A escalada coincide com as vésperas do primeiro aniversário do genocídio israelense em Gaza, com 41 mil mortos, 96 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
No Líbano, em apenas uma semana, são mil mortos, cerca de três mil feridos e um milhão de deslocados à força.
Analistas advertem há meses para a intenção israelense de converter a crise em Gaza em uma guerra aberta em escala regional.
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