As Forças Armadas do Iêmen, sob comando do movimento Ansar Allah, conhecido como houthis, anunciou que suas forças aéreas e navais conduziram três novas operações nos mares Vermelho e Arábico, além do Oceano Índico.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (1º), Yahya Saree, porta-voz militar, confirmou que “unidades navais e balísticos, além de drones, realizaram três operações”.
Segundo Saree, “a primeira, contra o petroleiro britânico Cordelia Moon, na região do Mar Vermelho, com oito mísseis balísticos e cruzadores, um drone e um barco não-tripulado, que deixaram danos ao navio embargado”.
“Então contra a embarcação Marathopolis, no Oceano Índico, com um míssil cruzador. A terceira, contudo, novamente contra o Marathopolis, por violar a proibição de entrada nos portos palestinos sob ocupação [israelense], ao navegar em nossa zona de operações no Mar Arábico, a nordeste do arquipélago de Socotra”, detalhou o oficial.
“O navio foi atingido diretamente por um drone”, acrescentou.
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As forças houthis reafirmaram em seu comunicado que manterão as operações armadas e o embargo contra embarcações filiadas a Israel, Estados Unidos e Grã-Bretanha, como apoio efetivo aos palestinos de Gaza, sob genocídio há um ano.
O fim do embargo, ressaltou Sanaa, é condicional a um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, no contexto de uma escalada israelense na região que parece atrair o Irã e grupos aliados — como os houthis — a uma guerra direta.
Em Gaza, desde outubro passado, Israel deixou ao menos 41 mil mortos, 96 mil feridos e dois milhões de desabrigados. No Líbano, desde 23 de setembro, são mil mortos, três mil feridos e um milhão de deslocados à força.
Nesta terça-feira (1º), Teerã respondeu às agressões e ameaças israelenses com disparos balísticos, apenas pela segunda vez na história — a primeira em abril, após um ataque de Israel a seu consulado na Síria.
Analistas advertem para a intenção de Israel de converter a crise em Gaza em uma guerra aberta no cenário regional.
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