Israel mata 28 profissionais de saúde no Líbano em 24 horas, confirma OMS

Ataques israelenses ao Líbano mataram ao menos 28 trabalhadores de saúde em apenas 24 horas, confirmou nesta quinta-feira (3) Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), em coletiva de imprensa.

As informações são da rede de notícias Al Jazeera.

A escalada contra serviços de saúde — incluindo bombardeios aos arredores de hospitais que parecem refletir os métodos adotados em Gaza — sucedem o agravamento da crise regional por ataques aéreos de Israel e uma invasão por terra desde terça-feira (27).

“Trabalhadores de saúde não estão batendo ponto porque estão sendo forçados a fugir de onde trabalham pelos bombardeios”, relatou Ghebreyesus. “Isso limita de forma severa a gestão do trauma nas massas e a contiguidade dos serviços de saúde”.

Conforme Ghebreyesus, a restrição de voos devido à conjuntura impedirá sua agência de prover suprimentos e serviços planejados ao Líbano, previstos para chegar no país nesta sexta-feira (4).

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Em pronunciamento paralelo, o ministro da Saúde do Líbano, Firas Abiad, reportou que ao menos 40 bombeiros e paramédicos foram mortos em três dias, ao quase dobrar o índice entre outubro e esta semana, de 57 vítimas.

Outros 188 profissionais de resgate foram feridos, estimou Abiad.

Desde outubro, a campanha de Israel contra o Líbano deixou 1.974 mortos, 9.350 feridos e um milhão de deslocados, ao preconizar extermínio similar a Gaza — com 41 mil mortos e 96 mil feridos em um ano.

Entre as vítimas libanesas, 127 são crianças.

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