Bombardeio de Israel mata ao menos 18 em Tulkarem, na Cisjordânia ocupada

Ao menos 18 palestinos foram mortos no início da noite de quinta-feira (3) e vários outros foram feridos por um novo ataque aéreo israelense ao campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada.

Em nota, o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina — administração semiautônoma radicada em Ramallah — confirmou as mortes.

Conforme a agência de notícias Wafa, “aviões de guerra israelenses dispararam ao menos um míssil um popular café, que atendia diversos civis, no bairro de Hammam, no campo de Tulkarem”

De acordo com as informações, equipes de resgate, incluindo defesa civil e ambulâncias, correram ao local, para resgatar mortos e feridos e transferi-los ao Hospital Público Mártir Thabet, na cidade homônima ao campo.

O Crescente Vermelho da Palestina informou que suas equipes transportaram ao menos um corpo e um ferido ao hospital, prosseguiu a Wafa.

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O bombardeio a Tulkarem coincide com uma escalada em toda a região, após um ano de genocídio em Gaza e avanços coloniais na Cisjordânia, somados — há uma quinzena — a bombardeios intensivos ao Líbano, além de ataques a Síria e Iêmen.

Em Gaza, a campanha israelense deixou ao menos 41 mil mortos e 96 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados, desde outubro último. No mesmo período, na Cisjordânia, são 723 mortos, 5.700 feridos e dez mil presos arbitrariamente.

As ações israelenses são crime de genocídio — investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

A mesma corte reconheceu em julho, em decisão histórica, a ilegalidade da ocupação de Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao instruir a evacuação urgente de colonos e soldados e reparações aos nativos.

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