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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Em 12 meses, Israel mata 34 membros do Crescente Vermelho

Trabalhadores do Crescente Vermelho da Palestina recebem os corpos de dois colegas mortos por ataques israelenses a Gaza, no Hospital Nasser, em Khan Younis, em 30 de maio de 2024 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

Ataques israelenses a Gaza mataram ao menos 34 membros da Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina (SCVP), entidade membro da Cruz Vermelha Internacional, dentre os quais ao menos 19 alvejados diretamente enquanto exerciam suas funções.

As estimativas foram divulgadas pela porta-voz Nebal Farsah à televisão egípcia.

Farsah reiterou que os últimos 12 meses têm sido particularmente árduos aos residentes de Gaza, tanto àqueles que dependem de assistência humanitária para sobreviver quanto àqueles que trabalham no setor de saúde.

Para a porta-voz, Israel mantém enfoque em atacar hospitais, clínicas e trabalhadores de saúde.

“A ocupação forçou os hospitais al-Quds e al-Amal, em Gaza, a pararem de operar; ainda assim, conseguimos reaver seus serviços”, relatou Farsah. “Hoje, contudo, enfrentamos a ameaça de que fechem novamente às portas devido à negativa israelense para que partes sobressalentes sejam entregues a seus geradores”.

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O Crescente Vermelho notou, em postagem paralela na sua conta do Twitter (X), que seus profissionais são alvejados por Israel apesar de exibirem claramente o emblema da ong e conduzirem seus deveres com plena ciência das forças ocupantes.

“No primeiro aniversário dessa guerra contínua a Gaza, temos de nos lembrar hoje desses heróis do setor humanitário”, observou Farsah. “Dezenove trabalhadores e voluntários do Crescente Vermelho morreram enquanto exerciam seu dever”

“Nosso emblema deveria assegurar sua proteção”, acrescentou.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro de 2023, com mais de 42 mil mortos, 97 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto — isto é, sem comida, água, combustível ou medicamentos.

Apenas 19 dos 36 hospitais do enclave continuam funcionando — contudo, sob severas restrições.

As ações israelenses seguem em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ordens cautelares por desescalada e fluxo humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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