A Relatora Especial da ONU sobre a Palestina disse, terça-feira, que as obrigações internacionais devem se concentrar na autodeterminação, em vez de interferir na governança interna palestina, relata a Agência Anadolu.
A soberania palestina existe independentemente do reconhecimento por outros estados
Francesca Albanese escreveu no X ao compartilhar um relatório especial da Anadolu, que incluía uma entrevista com o ex-ministro das Relações Exteriores grego, George Katrougalos.
“Promover uma solução de dois estados (por 30 anos) sem reconhecer ambos os estados é hipócrita”, disse ela.
As obrigações internacionais dos Estados não são sobre “reformar a AP (Autoridade Palestina)” ou interferir nas eleições e governança palestinas — essas são questões internas — mas sobre garantir a autodeterminação dos povos, acabando com as ocupações ilegais e desmantelando (sic) o apartheid
ela observou.
Albanese pediu ao mundo para “ir além da hipocrisia e se comprometer com a paz genuína baseada na justiça e na liberdade de todos”.
“Juntos, podemos fazer isso”, ela acrescentou.
Israel continuou sua ofensiva brutal na Faixa de Gaza após um ataque no ano passado pelo grupo de Resistência Palestina, Hamas, apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo imediato.
Quase 42.000 vítimas foram mortas desde então, a maioria mulheres e crianças, e mais de 97.300 ficaram feridas, de acordo com autoridades de saúde locais.
O ataque israelense deslocou quase toda a população de Gaza em meio a um bloqueio contínuo que levou a uma grave escassez de alimentos, água limpa e medicamentos.
Israel enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por suas ações em Gaza.
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